Durante negociações, povo palestino sofre consequências de guerra: israelenses debatem forças de defesa; cessar-fogo, governo israelense e gabinete discutem; funcionário americano interviene; contrabando em Rafah causa tensões; Hamas e secretário americano Cecilía falam. (148 caracteres)
O conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza teve um novo capítulo com o ataque terrestre israelense no sul da região, ao mesmo tempo em que o grupo Hamas anunciou ter aceitado um acordo de trégua mediado por Egito, Catar e Estados Unidos para a libertação de reféns.
A situação segue nebulosa, com o governo israelense alegando que o Hamas concordou com um acordo distinto do que foi proposto por eles. Em meio a um clima de incerteza e tensão, a resolução do conflito parece não aplicável no momento, deixando ambas as partes em alerta máximo.
Israel e Hamas: Em meio ao Conflito de Rafah
Já um funcionário americano envolvido nas negociações expressou à Reuters suas preocupações sobre a última fase das tratativas, afirmando que a postura de Israel não tem sido transparente. O gabinete de guerra israelense, por sua vez, votou por unanimidade para prosseguir com a operação das Forças de Defesa de Israel em Rafah, visando pressionar o Hamas militarmente e avançar nos objetivos do conflito.
A operação tem como alvo o controle da passagem de Rafah, utilizada para o contrabando de suprimentos para o Hamas, e busca avançar na libertação dos reféns israelenses. O Hamas, ao anunciar o acordo, parece buscar se desvincular da imagem de obstáculo às negociações de paz.
No dia 29, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, destacou a generosidade da proposta israelense ao Hamas, ressaltando que a organização palestina é o principal obstáculo para alcançar um cessar-fogo na região. Autoridades israelenses manifestaram preocupação de que o anúncio do acordo pelo Hamas seja uma estratégia para desviar a responsabilidade de um possível rompimento.
O pacto gerou expectativas entre os familiares dos reféns israelenses e provocou celebrações entre os palestinos em Gaza. No entanto, a ordem de Israel para a evacuação de civis do sul e os ataques subsequentes em Rafah rapidamente decepcionaram a população local.
As negociações para um cessar-fogo serão retomadas no Egito, e o Brasil condenou os ataques israelenses em Rafah. O Hamas reiterou sua posição firme em relação às exigências do acordo de cessar-fogo que aceitou, salientando que não abrirá mão delas.
Khalil al-Hayya, vice-líder do Hamas em Gaza, explicou que o acordo aceito contempla três fases de 42 dias cada. Fontes do grupo palestino afirmam ter recebido garantias de representantes dos EUA, Catar e Egito de que Israel não reiniciará as hostilidades após o cumprimento do acordo, culminando na libertação de todos os reféns.
As propostas em discussão têm semelhanças e diferenças, apontando para um impasse crucial: o momento e as condições para o término do conflito. Enquanto Israel hesita em condicionar a libertação dos reféns a um cessar-fogo permanente, o Hamas busca garantias concretas nesse sentido.
As etapas do acordo, conforme relatado pela CNN, incluem a libertação de grupos específicos de reféns em troca de medidas como a retirada progressiva das forças israelenses de Gaza, a suspensão de voos de reconhecimento e a libertação de prisioneiros palestinos. A complexidade das negociações reflete a delicada balança de forças em um conflito marcado por décadas de tensão e disputas.
Fonte: @ CNN Brasil
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