CMED define teto de reajuste e critérios: menor desde 2020, inflação, custos não captados, concorrência de mercado, variação do IPCA, política de regulação de preços.
A partir do próximo mês, os valores dos medicamentos podem ter seu reajuste anual, seguindo as diretrizes da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Esse ajuste não se aplica de forma linear a todos os produtos, podendo variar de acordo com cada medicamento. Vale ressaltar que o reajuste não é automático, precisando ser aprovado e divulgado pelas empresas fabricantes.
É importante que os consumidores estejam cientes de que o reajuste pode resultar em um aumento significativo nos preços dos medicamentos, impactando diretamente o bolso dos clientes. Por isso, é essencial ficar atento às mudanças nos valores e buscar alternativas para garantir o acesso aos produtos necessários. Manter-se informado sobre os reajustes é fundamental para não ser pego de surpresa com os ajustes nos preços.
‘O reajuste não é um aumento automático nos preços, mas uma definição de teto permitido de reajuste‘, enfatiza a pasta responsável. Segundo informações do órgão interministerial, o percentual para ajuste estabelecido para este ano é o menor desde 2020.
Como a taxa de reajuste dos preços é determinada
De acordo com o comunicado divulgado pelo Ministério da Saúde (MS), a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) leva em consideração vários fatores na definição do índice de reajuste. Entre eles estão a inflação dos últimos 12 meses medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a produtividade das indústrias farmacêuticas, custos não cobertos pela inflação – como variações cambiais e tarifas de energia elétrica – e a competição no mercado.
Esses elementos são levados em conta de acordo com o método estabelecido desde 2005. O índice para o reajuste dos preços dos medicamentos tem como base a variação do IPCA dos últimos 12 meses, que atingiu 4,5% de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
‘O Brasil implementa atualmente uma política de regulação de preços voltada para a defesa do consumidor, estabelecendo sempre um limite para o percentual de reajuste para proteger a população e evitar aumento excessivo de preços’, destacou Carlos Gadelha, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde do MS.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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