Israelenses militares ocupam limite egípcio, predominando zona de conflito. Doentes e feridos transferidos. Operacional ativo. Hamas acusações predominantes. Médicos suspendem serviços. Rafah passagem interrompida.
Médicos e pacientes com medo estão evitando um hospital em Rafah, já que as transferências de doentes e feridos por uma passagem de fronteira no Egito estão interrompidas devido à operação militar de Israel, conforme relatado por médicos e moradores nesta terça-feira (7).
Além disso, a situação é preocupante em outra instituição de saúde da região, com a falta de recursos para lidar com a demanda crescente de pacientes. A equipe da clínica está buscando alternativas para garantir o atendimento adequado, mesmo em meio aos desafios enfrentados diariamente.
A Hospital no Centro do Conflito
A situação no hospital Abu Yousef al-Najjar, localizado no Sul de Gaza, tornou-se crítica devido à designação da área como zona de combate pelo Exército israelense. Os ataques israelenses têm atingido repetidamente hospitais na região, reduzindo drasticamente a capacidade operacional dessas instituições de saúde. Apenas um terço delas ainda consegue manter suas operações.
Israel justifica seus ataques alegando que o Hamas utiliza esses hospitais para propósitos militares, uma afirmação veementemente negada tanto pelos funcionários das instituições de saúde quanto pelo próprio Hamas. O médico Marwan al-Hams, em entrevista à Reuters, destacou a pressão exercida por Israel sobre o hospital Abu Yousef al-Najjar, o qual tem sido colocado no centro do campo de batalha. Como resultado, pacientes e funcionários têm abandonado a instituição, impactando diretamente a continuidade do atendimento.
O departamento de diálise, especializado no tratamento de pacientes com doenças renais crônicas, é uma das poucas áreas que ainda permanece operacional no hospital. A porta-voz da Organização Mundial de Saúde, Margaret Harris, enfatizou a gravidade do possível fechamento desse setor, destacando que cerca de 200 pacientes de diálise seriam imediatamente colocados em risco, pois esta é a única opção disponível em Gaza. O fechamento desse serviço significaria uma sentença de morte para essas pessoas, privando-as do tratamento vital que mantém suas vidas.
Além disso, outros serviços médicos em Rafah já foram impactados, com a suspensão de algumas operações essenciais. A passagem de Rafah, ponto crucial para transferências de doentes e feridos, foi tomada por Israel e fechada, impedindo tanto a saída de indivíduos necessitados de tratamento fora da região quanto a importação de medicamentos essenciais. Grupos de auxílio médico alertam para as consequências humanitárias catastróficas resultantes desse bloqueio.
O Ministério da Saúde de Gaza relatou que 140 pacientes estavam programados para serem transferidos do enclave nesta terça-feira para receber tratamento. A conjuntura atual coloca em xeque a continuidade do acesso a serviços médicos essenciais, evidenciando a urgência de encontrar soluções para manter a vida e a dignidade dos habitantes de Gaza em meio a essa crise.
Fonte: @ Agencia Brasil
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