Denúncia com documentos falsos e ataques ao Judiciário feita pela PGR ao CNJ.
Neste dia 21 de terça-feira, a 1ª turma do STF, por consenso, acolheu a acusação feita pela PGR contra a deputada Federal Carla Zambelli e Walter Delgatti, também conhecido como ‘hacker da Lava Jato’, por invasões no sistema virtual do CNJ.
As investigações apontam que as invasões foram realizadas de forma coordenada, configurando um verdadeiro ataque cibernético ao sistema do CNJ. A ação conjunta entre Carla Zambelli e Walter Delgatti resultou em uma grave penetração na segurança do órgão, causando repercussões significativas em todo o sistema judiciário.
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O caso envolvendo a denúncia feita pela PGR contra Carla Zambelli e Walter Delgatti continua a gerar repercussão. As alegações de invasão, ataque e penetração no sistema do CNJ têm levantado questões sobre a competência da 1ª turma para analisar o assunto, de acordo com o regimento interno da Corte.
A defesa de Zambelli levantou a questão da ausência de intimação feita pelo advogado da deputada, porém, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que a intimação foi devidamente realizada, tanto pessoalmente quanto por publicação no Diário Oficial. Além disso, a suposta incompetência da 1ª turma foi refutada, uma vez que o advogado baseou seu pedido em um dispositivo já revogado do regimento interno da Corte.
Moraes também destacou o cumprimento dos requisitos legais para a recebimento da denúncia, demonstrando depoimentos, condutas e a confissão de Delgatti. A inicial acusatória foi considerada apta para o exercício do direito de defesa.
A denúncia apresentada pela PGR aponta que Delgatti, sob comando de Zambelli, invadiu o sistema do CNJ nos dias 4 e 5 de janeiro de 2023, realizando incursões sem autorização. Além dos alvarás de soltura falsos, houve a tentativa de acesso ao sigilo bancário de Alexandre de Moraes. Posteriormente, em 19 de janeiro, o sistema GitLab do CNJ também foi invadido, com mensagens depreciativas sendo lançadas.
A PGR destaca que as ações de Delgatti e Zambelli tinham como objetivo obter vantagens midiáticas e políticas, buscando desmoralizar o sistema de Justiça, em um cenário semelhante aos ataques contra as urnas eletrônicas. A denúncia pede a condenação por invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica, com solicitação de aumento de pena e reparação dos danos causados. O processo continua em andamento no STF sob o número PET 11.626.
Fonte: © Migalhas
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