Provedores de internet relatam que a rede social interrompeu o uso do servidor Cloudflare, afetando a cibersegurança, após decisão do Supremo Tribunal Federal.
O X voltou a ficar fora do ar no Brasil nesta quinta-feira (19), após a justiça determinar que a plataforma de rede social suspendesse o uso do serviço de cibersegurança que permitia contornar a suspensão no país, segundo informações da associação de provedores de internet (Abrint).
A decisão judicial teve um impacto significativo na disponibilidade do X no Brasil, forçando a plataforma a reavaliar suas estratégias de segurança. A privacidade dos usuários é fundamental e a empresa precisa encontrar soluções que atendam às exigências legais sem comprometer a experiência do usuário. A suspensão do serviço de cibersegurança pode ter consequências para a plataforma, que precisa encontrar alternativas para garantir a segurança dos dados dos usuários em uma rede social cada vez mais complexa.
Decisão Judicial e Consequências
O X, plataforma de rede social de propriedade do bilionário Elon Musk, sofreu um novo revés após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ordenar a suspensão de novos acessos à rede social. A decisão foi tomada devido ao descumprimento de ordens judiciais de suspender contas acusadas de desinformação e à recusa em nomear um representante legal no Brasil.
A ordem judicial determinou que a plataforma suspendesse ‘imediatamente (…) a utilização de seus novos acessos (…) sob pena de multa diária de R$ 5 milhões’. Além disso, o ministro instruiu a Anatel a adotar todas as medidas necessárias para restabelecer o bloqueio do X em todo o país.
Reações e Consequências
A decisão judicial gerou reações fortes de ambos os lados. Elon Musk acusou o ministro de ser um ‘ditador maligno’, enquanto a Anatel afirmou que a rede social X demonstrou sua ‘intenção deliberada de descumprir a ordem do STF’. A plataforma, no entanto, afirmou que o restabelecimento foi uma consequência ‘involuntária’ de uma mudança de servidor e que era ‘temporário’.
A rede social X acessou os serviços da Cloudflare, que permite às empresas mudar constantemente de IP, em vez de contar com endereços específicos. Essa medida foi vista como uma tentativa de burlar o bloqueio, o que foi interpretado como uma ‘provocação’ pela imprensa brasileira.
Consequências para os Usuários
O ministro Moraes alertou os 22 milhões de usuários no Brasil que quem infringir a ordem acessando a plataforma por meio de ‘subterfúgios’, como redes privadas virtuais (VPN), pode estar sujeito a multas diárias de 50.000 reais. Além disso, a decisão judicial pode ter consequências para a cibersegurança e a privacidade dos usuários.
A rede social X é uma plataforma popular no Brasil, e a decisão judicial pode afetar a forma como os usuários interagem com a plataforma. A Anatel e os provedores de internet estão trabalhando para restabelecer o bloqueio do X em todo o país, o que pode levar a uma redução no uso da plataforma no Brasil.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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