A WeWork agora foca no mercado imobiliário com contratos tradicionais para escritórios compartilhados.
Desde que a cidade de São Paulo assistiu ao nascimento da WeWork, a empresa se tornou um dos grandes símbolos do coworking e de espaços físicos compartilhados. Quase 15 anos depois da fundação, a WeWork agora se volta para a venda de andares inteiros para grandes e médias empresas. O objetivo é atender uma movimentação que se intensificou no mercado imobiliário depois da pandemia.
A empresa de coworking WeWork, que surgiu em Nova York, expandiu-se globalmente e se consolidou como uma referência no setor. Com a nova estratégia de oferecer andares inteiros, a WeWork busca se adaptar às necessidades das empresas em um cenário pós-pandemia, mostrando-se flexível e inovadora no mercado de espaços compartilhados.
WeWork: Inovação no Mercado Imobiliário
A empresa de coworking WeWork percebeu que a instabilidade global influenciou as empresas a buscarem contratos mais flexíveis. Enquanto os contratos tradicionais exigem longos vínculos de 15 anos ou mais, a WeWork propõe reduzir esse tempo para uma média de 24 meses. Claudia Woods, CEO da WeWork na América Latina, destaca que cerca de 25% dos clientes fecham contratos de 18 meses.
O novo serviço, chamado WeWork Corporativo, foca na locação de andares completos nos prédios da empresa. Claudia Woods observa que, embora a WeWork sempre tenha recebido grandes empresas, muitas vezes elas optavam por contratos temporários durante reformas em suas sedes. Essa iniciativa busca combinar a privacidade de um prédio convencional com a flexibilidade dos escritórios compartilhados.
Para isso, foram investidos mais de R$ 5 mil por metro quadrado na adaptação desses novos espaços. A WeWork entrega os espaços prontos, incluindo infraestrutura, áreas de convivência, salas de reunião, cabines telefônicas e até uma entrada exclusiva com catraca, além dos benefícios comuns a todos os espaços da WeWork, como eventos de networking e um gerente de ambiente.
Claudia destaca que o novo modelo reflete a mudança na relação entre trabalhadores e empresas com o ambiente de trabalho. Com o modelo híbrido em ascensão, as grandes empresas preferem não investir em mobiliário fixo, optando por uma rotação de funcionários nos escritórios. A WeWork também observa um aumento no interesse por regiões como a Zona Sul de São Paulo e a Avenida Paulista, indicando uma mudança no perfil geográfico dos profissionais.
A CEO ressalta que o WeWork Corporativo não substituirá o modelo tradicional da empresa, mas sim coexistirá com ele. A ideia é oferecer opções flexíveis que atendam às necessidades variadas das empresas e dos trabalhadores, adaptando-se às transformações do mercado imobiliário e às demandas por espaços físicos compartilhados.
Fonte: © Estadão Imóveis
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