Professora afastada da associação por denúncia anônima de pais sobre transtorno no espectro, câmeras de segurança registraram imagem brutal.
Uma educadora da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Irati, no centro do Paraná, foi suspensa de suas atividades depois de puxar o cabelo e empurrar uma aluna com síndrome de Down e Transtorno do Espectro Autista (TEA). O incidente, que ocorreu em 15 de maio, foi capturado pelas câmeras de segurança da escola e revelado pelo g1, nesta segunda-feira (27).
A jovem com síndrome de Down agora está recebendo apoio e atenção especial da equipe da Apae. A instituição está comprometida em garantir um ambiente seguro e acolhedor para todos os estudantes com síndrome de Down e outras necessidades especiais. A educação inclusiva é fundamental para o desenvolvimento pleno de cada indivíduo, respeitando suas diferenças e potenciais.
Associação de Pais e Alunos da Apae de Irati se Manifesta Sobre Caso Envolvendo Jovem com Síndrome de Down
Segundo os responsáveis pela associação, a estudante, com síndrome, de Down, de 19 anos, cujo nome não foi revelado, é uma jovem que não possui habilidades verbais, o que tornou a investigação mais desafiadora. A família só teve conhecimento do incidente graças a uma denúncia anônima, o que gerou grande impacto emocional. ‘É uma imagem extremamente brutal. Quando enviamos nossos filhos para a escola, esperamos que estejam seguros. Estamos tentando processar tudo o que aconteceu’, desabafou Daniele Yoshitomi, mãe da aluna.
O pai, Daniel de Paula Yoshitomi, complementou: ‘Além da indignação e tristeza, sentimos que, se não fosse pela denúncia anônima, nada teria sido feito’. Os pais também formalizaram uma denúncia, resultando no depoimento de testemunhas e funcionários da Apae. Nas imagens divulgadas pela Polícia Civil (PC-PR), é possível observar a jovem correndo para fora da sala de aula, seguida pela professora Cleonice Aparecida Alessi Glinski, que puxa seus cabelos. Ambas retornam à sala em seguida.
A Apae de Irati confirmou o afastamento de Cleonice da instituição. No entanto, de acordo com informações do g1, a defesa da professora alega não ter sido notificada sobre o caso. Em nota, a Federação das Apaes (FEAPAEs-PR) condenou veementemente o ocorrido, enfatizando que se tratou de um incidente isolado. A instituição de Irati reiterou o afastamento da profissional e solicitou seu desligamento à Secretaria de Estado da Educação.
A Secretaria de Estado da Educação solicitou esclarecimentos detalhados sobre o incidente para iniciar a investigação conduzida pelo Núcleo Regional da Educação (NRE). Destacaram que a Apae é uma entidade privada de interesse público, com a qual mantêm parceria. A associação de pais e alunos da Apae de Irati reforçou seu compromisso com a comunidade e a integral apuração dos fatos, assegurando apoio à família e à aluna envolvida.
Fonte: @ Hugo Gloss
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