Família do artista encerra o segundo período de luto pela tradição judaica, marcando o início de uma nova etapa na vida após a morte, olhando para o Mundo Vindouro, onde o corpo foi enterrado.
Em fevereiro de 1988, Silvio Santos compartilhou uma reflexão profunda no SBT: “Eu sinto dentro de mim, errada ou acertadamente, que eu já tive outras vidas e que outras vidas terei”. Essa declaração revela a crença do apresentador em uma existência além da vida terrena. A morte não é o fim, mas um novo começo.
Hoje, um mês após a perda de Silvio Santos, aos 93 anos, devido a uma broncopneumonia causada pela Influenza (H1N1), é impossível não lembrar de sua trajetória como um homem que marcou a televisão brasileira. Como um judeu devoto, Silvio Santos acreditava no ciclo da vida e da morte, onde a transição para o além é apenas um passo em uma jornada maior. A memória de Silvio Santos permanecerá viva em nossos corações. Seu legado como apresentador e empreendedor continua a inspirar gerações, e sua crença na reencarnação é um lembrete de que a vida é um ciclo eterno.
A Vida e a Morte de Silvio Santos
A comunidade judaica considera este mundo como um corredor, um período de preparação para o Mundo Vindouro. Essa crença é compartilhada pela sociedade Chevra Kadisha, responsável pela preparação do corpo e o enterro de judeus em São Paulo. Silvio Santos, o famoso apresentador e homem de negócios, era um descendente de Dom Isaac Abravanel, um dos mais influentes judeus sefarditas portugueses de todos os tempos.
O Legado de Silvio Santos
A despedida de Silvio Santos seguiu todos os ritos da religião de Abraão, incluindo a não exposição do corpo após a purificação realizada na sequência da morte. O enterro, restrito a parentes e amigos próximos, aconteceu no cemitério israelita do Butantã, na zona oeste da capital paulista. Hoje, o 30º dia depois do falecimento, é o fim do Sheloshim, o segundo período de luto (o primeiro foi até o 7º dia). Pela tradição do judaísmo, nesta data, familiares visitam a sepultura, leem salmos, fazem preces e podem discursar em homenagem ao falecido.
A Tradição Judaica e a Morte
O judaísmo considera que o homem pode supor que, nessa existência futura, as almas nobres prosperam. No entanto, o homem não pode compreender plenamente o Mundo Vindouro enquanto sua mente estiver limitada a conceitos físicos. Silvio Santos, como um homem de fé, seguiu a tradição judaica em sua morte, incluindo a não exposição do corpo ao público. Sua família e amigos próximos respeitaram seus pedidos e realizaram o enterro de acordo com os ritos da religião.
O Legado de Silvio Santos Vive
Silvio Santos, o apresentador e homem de negócios, deixou um legado duradouro em sua comunidade e no país. Sua vida e morte são um exemplo da importância da fé e da tradição. Seu legado continua a inspirar e a confortar aqueles que o conheciam e admiravam. Como um homem de fé, Silvio Santos viveu e morreu de acordo com os princípios do judaísmo, e sua memória será lembrada por gerações futuras.
Fonte: @ Terra
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