Rituais em Meca sob calor extremo no Hajj, com autorização oficial, forças de segurança afastadas devido às altas temperaturas.
O número de falecidos durante a peregrinação muçulmana a Meca, na Arábia Saudita, que se deu sob intenso calor, excedeu mil, de acordo com cálculos da agência de notícias France-Presse (AFP) com base em informações fornecidas por diversas nações.
Em meio a essa triste realidade, a peregrinação religiosa a Meca continua atraindo milhões de fiéis todos os anos, em busca de paz espiritual e conexão com sua fé. A peregrinação é um momento de reflexão e devoção, onde os peregrinos buscam se purificar e renovar suas crenças.
Peregrinação Religiosa: Desafios e Tragédias no Hajj
Um diplomata árabe relatou que mais 58 peregrinos do Egito faleceram, elevando para 658 o triste número de egípcios que perderam suas vidas devido ao calor extremo durante o Hajj. Dentre esses, 630 não possuíam a autorização oficial para a peregrinação. O total de 1.081 mortes foi divulgado por diversos países em comunicados oficiais ou por representantes diplomáticos envolvidos na busca por vítimas.
O Hajj, um dos cinco pilares do Islã, requer que todos os muçulmanos que tenham condições financeiras realizem a peregrinação ao menos uma vez na vida, seguindo o calendário muçulmano baseado em ciclos lunares. Neste ano, os rituais foram realizados sob temperaturas muito elevadas, chegando a atingir 51,8 graus Celsius na Grande Mesquita de Meca, o epicentro da peregrinação muçulmana.
Anualmente, dezenas de milhares de fiéis tentam participar do Hajj sem a devida autorização, que é concedida mediante cotas e envolve custos significativos. Em junho, a Arábia Saudita anunciou que suas forças de segurança haviam removido mais de 300 mil peregrinos não registrados de Meca.
No entanto, parece que um grande contingente de peregrinos ilegais participou dos rituais a partir da sexta-feira passada, enfrentando condições extremamente desafiadoras. ‘Algumas pessoas estavam exaustas de serem perseguidas pelas forças de segurança antes do dia de Arafat. Estavam verdadeiramente fatigadas’, revelou o diplomata árabe, que preferiu não se identificar.
Segundo ele, o calor foi o principal fator contribuinte para as mortes dos peregrinos egípcios, desencadeando complicações relacionadas à hipertensão arterial. A peregrinação, embora sagrada e significativa, continua a ser um desafio enfrentado por muitos fiéis, especialmente diante das temperaturas muito elevadas e das medidas de segurança rigorosas implementadas pelas autoridades.
Fonte: @ Agencia Brasil
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