Bancos devem priorizar o cliente no investimento, evitando taxa de 5,8% e marcação de título que prejudicam.
Recentemente, fui contatado por meu consultor financeiro, que me informou sobre excelentes oportunidades de investimento em títulos. Ele me sugeriu a possibilidade de realizar a troca de algumas NTN-Bs, ou Tesouro IPCA+, que adquiri há algum tempo, por outras opções com taxas mais atrativas.
Além disso, ele mencionou a possibilidade de diversificar minha carteira de produtos financeiros, buscando maximizar os retornos e mitigar os riscos. Considerando a volatilidade do mercado atual, essa estratégia pode ser uma excelente maneira de potencializar meus investimentos a longo prazo.
Entendendo o ‘título’ e a ‘taxa’ de 5,8%
O tal ‘título’ em questão foi adquirido em 2019 com uma ‘taxa’ de 5,80% e vencimento em 2029. No momento da nossa conversa, ele estava sendo negociado a 6,20%. Com a ‘subida‘ dos juros, o ‘título’ estava sendo transacionado abaixo do seu valor, impactando a rentabilidade da carteira.
Vamos falar um pouco sobre o ‘mecanismo’ de marcação a mercado. Ao adquirir um ‘título’ de renda fixa, estamos emprestando dinheiro ao emissor, que se compromete a resgatar a dívida no futuro com os juros acordados. Durante esse período, as ‘taxas’ de juros sofrem variações, afetando o valor do ‘título’.
Se a ‘taxa’ aumentar, o valor de mercado do ‘título’ diminui, o que significa que, se precisarmos vendê-lo nesse momento, receberemos menos do que o valor acordado. Para compensar a diferença de rentabilidade, é necessário reduzir o preço do ‘título’ no mercado.
No vencimento, o ‘título’ será resgatado pelo valor combinado, sem risco de inadimplência. No entanto, ao negociar o ‘título’ antes do vencimento, o foco está na rentabilidade do mercado. É aí que entra a marcação a mercado, ajustando o preço de acordo com as ‘taxas’ vigentes.
O assessor financeiro estava cuidando do meu investimento, mas será que estava alinhado com meus objetivos? A questão central é a priorização do ‘produto’ em vez do cliente. Mesmo com avanços, a abordagem continua a mesma: extrair valor do cliente através dos produtos, em vez de agregar valor com um serviço personalizado.
Ao investir em ‘títulos’ Tesouro IPCA+, busquei recursos para minha aposentadoria, visando liquidez e proteção contra a inflação. A diferença entre as ‘taxas’ de 5,8% e 6,2% não é relevante, considerando meus planos futuros de investimento. É fundamental que o assessor compreenda meus objetivos para orientar as escolhas de ‘produto’.
Em um cenário de inflação constante de 3% ao ano, a rentabilidade dos ‘títulos’ terá impacto direto no meu planejamento financeiro. A análise cuidadosa dos ‘títulos’ e das ‘taxas’ é essencial para garantir que meus investimentos estejam alinhados com meus objetivos de longo prazo.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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