Uma pesquisa do Angus Reid Institute revela que a maioria dos eleitores dos EUA, até republicanos, apoia reformas e novos termos: ética, limitação, mandato.
Uma pesquisa realizada pelo Angus Reid Institute revela que uma grande parte dos eleitores norte-americanos, incluindo os republicanos, está a favor das iniciativas de reforma da Suprema Corte propostas pelo presidente democrata Joe Biden. A aprovação dessas reformas é vista como um passo importante para a modernização do sistema judicial. ética
Além disso, a discussão sobre a Suprema Corte tem gerado um intenso debate sobre a necessidade de mudanças no supremo tribunal de justiça. Essas propostas visam garantir uma maior representatividade e eficiência na atuação da corte.
Suporte às Propostas do Presidente
As propostas apresentadas pelo presidente Joe Biden têm recebido um amplo respaldo. A pesquisa revela que, para os eleitores, a potencial nomeação de novos ministros para a Suprema Corte terá um impacto significativo nas eleições programadas para novembro deste ano. Este resultado é semelhante ao que foi obtido em uma pesquisa realizada pela USA Today/Ipsos, uma renomada firma de pesquisa de mercado. Uma das principais propostas é a aprovação, pelo Congresso, de um código de ética que seja ‘executável’ para a Suprema Corte, o qual inclui, entre outras diretrizes, a obrigação de que os ministros se declarem suspeitos em casos de conflitos de interesse, informem todos os presentes recebidos e se afastem de atividades políticas.
Limitação do Mandato dos Ministros
Além disso, existe uma proposta que sugere a limitação do mandato dos ministros da Suprema Corte para 18 anos, ao contrário do atual sistema vitalício, com a substituição de um ministro a cada dois anos. Há também uma proposta que parece menos atrativa aos eleitores, que envolve a expansão do número de ministros da Suprema Corte. O dado mais surpreendente da pesquisa é a percentagem de eleitores de diversas orientações políticas — republicanos, democratas, independentes e de pequenas legendas — que apoiam essas reformas. A percentagem de apoio entre os democratas é ligeiramente superior à dos republicanos, mas a diferença não é muito acentuada.
Opiniões Favoráveis sobre as Reformas
O quadro de opiniões favoráveis em relação às propostas de reforma é o seguinte: a maioria dos eleitores acredita que os ministros da Suprema Corte devem se declarar suspeitos quando há conflitos de interesse, com 87% de apoio geral, sendo 86% entre republicanos e 92% entre democratas. Além disso, 86% acreditam que os ministros devem declarar todos os presentes recebidos, com 83% de apoio entre republicanos e 93% entre democratas. A proposta de afastamento de atividades políticas conta com 80% de apoio geral, enquanto a limitação do mandato para 18 anos tem o respaldo de 66% dos eleitores. Por outro lado, a ideia de expandir o número de ministros na corte é a menos popular, com apenas 43% de apoio.
Nível de Confiança na Suprema Corte
A pesquisa também abordou uma questão tradicional, que é o nível de confiança dos eleitores na Suprema Corte. Os resultados atuais são preocupantes, com apenas 31% dos eleitores expressando uma opinião positiva, enquanto 63% têm uma visão negativa. Esse descontentamento reflete a insatisfação da população com algumas decisões recentes da corte, sendo a mais polêmica a que concedeu um alto grau de imunidade ao ex-presidente Donald Trump. O nível de confiança na Suprema Corte é dividido da seguinte forma: 8% têm confiança total, 23% têm bastante confiança, 34% têm pouca confiança e 29% não confiam de forma alguma.
Confiança por Partido e Percepção de Imparcialidade
Os pesquisadores também investigaram o nível de confiança dos eleitores que pretendem votar em novembro, segmentado por partido. Entre os republicanos, 14% têm confiança total, enquanto apenas 4% dos democratas se sentem da mesma forma. A pesquisa ainda questionou se os eleitores acreditam que a Suprema Corte é imparcial ou parcial. As respostas variaram significativamente entre os republicanos (64% consideram a corte imparcial) e os democratas (71% a veem como parcial). Entre independentes e membros de pequenos partidos, a percepção de imparcialidade também é desfavorável, com apenas 22% considerando a Suprema Corte imparcial.
Fonte: © Conjur
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