Primeira gaúcha a se formar em medicina no Brasil, com êxito acadêmico na especialização em obstetrícia.
Neste dia 7 de maio, o Google Doodle celebra a memória de Rita Lobato Velho, pioneira em Medicina no Brasil. Com foco em obstetrícia, ela se destacou como a segunda médica a se formar com sucesso nessa área em toda a América do Sul.
Rita Lobato Velho deixou um legado significativo na história da Medicina brasileira. Seu trabalho e dedicação inspiraram gerações futuras a seguirem seus passos e a contribuírem para o avanço da saúde no país. A trajetória de Rita Lobato Velho é um exemplo de determinação e superação que deve ser lembrado e celebrado sempre.
Rita Lobato Velho: Uma História de Sucesso Acadêmico e Especialização em Obstetrícia
Rita Lobato Velho, uma figura notável da história brasileira, foi a primeira mulher a se formar com êxito acadêmico na área de medicina, com especialização em obstetrícia. Nascida no Rio Grande do Sul em 9 de junho de 1866, Rita era filha de Rita Carolina Velho Lopes e Francisco Lobato Lopes, em uma família numerosa de 13 irmãos. Seu pai, um comerciante de charque gaúcho, levou a família a residir em vários bairros devido às demandas de seu negócio.
Desde tenra idade, Rita demonstrou um interesse apaixonado pela medicina, alimentando o sonho de se tornar médica. Sua jornada acadêmica a levou ao Rio de Janeiro e depois a Salvador, onde ingressou na Universidade Federal da Bahia (UFBA) para cursar medicina. Surpreendentemente, Rita concluiu os seis anos de faculdade em apenas quatro, obtendo seu diploma em 10 de dezembro de 1887, aos 21 anos, após apresentar sua tese ‘Paralelo entre os métodos preconizados na operação cesariana’.
Ao longo de sua carreira, Rita dedicou-se ao atendimento de mulheres de diversas classes sociais, muitas vezes oferecendo seus serviços de forma gratuita. Em 1889, casou-se com Antônio Maria Amaro de Freitas, um advogado formado, com quem teve uma filha chamada Isis Lobato Freitas. Além de suas realizações acadêmicas, Rita também foi uma defensora ativa do movimento feminista, contribuindo para o triunfo do Código Eleitoral de 1932 e a eleição de Carlota Pereira de Queirós para o Congresso Nacional em 1934.
Nos últimos anos de sua vida, Rita enfrentou desafios de saúde, incluindo deficiências auditivas e visuais parciais. No entanto, sua mente permaneceu afiada e engajada até sua morte, aos 87 anos, em 6 de janeiro de 1954. O legado de Rita Lobato Velho perdura como um exemplo de determinação, sucesso acadêmico e dedicação à saúde das mulheres.
Fonte: © CNN Brasil
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