Maior diversidade de situações: mulheres negras têm renda 27,9% inferior aos homens. Plano de ação em tempo real do Valor para igualdade nos critérios remuneratórios.
O recente relatório divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) trouxe à tona uma realidade que ainda persiste no mercado de trabalho: a desigualdade salarial entre homens e mulheres. Segundo os dados apresentados, as mulheres recebem em média 19,4% a menos do que os homens, mesmo ocupando cargos de dirigentes e gerentes, onde a disparidade chega a 25,2%.
Esse documento de Transparência Salarial e critérios remuneratórios revela a urgência de promover a equidade de gênero nas empresas. A partir desse levantamento, é possível identificar formas de combater essa disparidade e garantir que todos os profissionais sejam remunerados de forma justa, independentemente do gênero.
Relatório aponta desigualdade de renda entre mulheres negras
De acordo com informe divulgado pelo MTE, as mulheres negras são as mais afetadas pela desigualdade salarial, recebendo 27,9% a menos que os homens. O estudo revelou que as mulheres negras são minoria no mercado de trabalho, representando apenas 16,9% do total de vínculos. Paula Montagner, subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho, ressaltou que as mulheres negras estão sempre em situação desfavorável em relação aos demais grupos.
Levantamento abrange mais de 49 mil empresas
O documento divulgado pela pasta do Trabalho reuniu dados de 49.587 empresas com 100 ou mais empregados. Além disso, o relatório realizou um mapeamento por estados, destacando que Sergipe e Piauí têm as menores diferenças salariais, com 7,1% e 6,3% de disparidade, respectivamente.
Estados com maior diversidade de situações
Por outro lado, estados como o Distrito Federal apresentam um gap salarial de 8%, enquanto São Paulo possui a maior diversidade de situações, com as mulheres recebendo 19,1% a menos. A publicação destes relatórios foi estabelecida por um decreto que regulamentou a Lei de Igualdade Salarial.
Prazo para adequação e consequências
As empresas terão até o dia 31 de março para tornarem públicos os relatórios. Aquelas que não cumprirem esta determinação estarão sujeitas a uma multa correspondente a 3% do valor da folha de pagamentos, limitada a 100 salários mínimos. Em caso de disparidades salariais, o MTE concederá 90 dias para elaboração de um Plano de Ação para Mitigação da Desigualdade Salarial e de Critérios Remuneratórios.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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