Minuta da PF indica Golpe, Estado de Sítio e uso da Abin para espionagem ilegal, envolvendo Comandantes Militares e Núcleo Jurídico da Lei da Garantia.
Não é por acaso que a Tentativa de Golpe em 10 de setembro de 2022 foi considerada uma das maiores manipulações políticas da história do Brasil.
Com a Suposta Coup em curso, o Brasil testemunha um descumprimento sistemático das leis e das regras democráticas. É fundamental que o povo brasileiro esteja atento para não cair no Golpe, pois o futuro do país está em jogo. Sem uma ação conjunta, o Brasil pode se tornar uma república autoritária, o que pode levar a consequências devastadoras. É hora de tomar medidas para evitar que o Golpe tome conta do país.
Operação Tempus Veritatis: Ex-diretor da Abin prestará depoimento sobre suposta tentativa de golpe
O ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Ramagem, está prestes a depor sobre a suposta participação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de assessores em uma suposta tentativa de golpe de Estado no país, que culminou nos tumultos do dia 8 de janeiro do ano passado. Segundo a Polícia Federal, existe a hipótese de conexão entre o uso da Abin para espionagem ilegal e a suposta tentativa de golpe.
A Operação Tempus Veritatis, realizada em fevereiro, resultou em mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva em nove estados e no Distrito Federal. A investigação visa a suposta organização de um golpe de Estado em 2022 em prol de Bolsonaro, com a participação de ex-assessores, militares e do presidente do PL (Partido Liberal), Valdemar Costa Neto.
Conforme as investigações, Bolsonaro teria pressionado os ministros do governo durante uma reunião realizada em 5 de julho de 2022 para que promovessem e replicassem ‘desinformações e notícias fraudulentas’ sobre a confiança do sistema eleitoral brasileiro. Uma minuta de golpe de Estado foi encontrada no escritório de Bolsonaro na sede do PL, prevendo uma declaração de estado de sítio e um decreto de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) no país.
O ex-presidente chegou a solicitar alterações à minuta de golpe de Estado antes de apresentá-la a comandantes das forças militares. A segunda versão da minuta retirou as ordens de prisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a pedido de Bolsonaro. A ordem de prisão do ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) durante as eleições de 2022, continuou na minuta.
As mudanças teriam sido solicitadas ao ex-assessor Filipe Martins, que retornou ao Palácio do Alvorada alguns dias depois e alterou o documento conforme solicitado. O documento teria sido apresentado aos comandantes do Exército e da Marinha e ao então ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira, em 7 de dezembro de 2022.
Outro núcleo ligado a Bolsonaro seria o ‘Núcleo Jurídico’, composto por pelo menos cinco integrantes: o ex-assessor Filipe Martins; o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres; o advogado Amauri Saad; o padre Jose Eduardo de Oliveira e Silva e o militar do Exército e ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Esse núcleo seria o responsável por entregar o rascunho do golpe e fazer alterações a pedido de Bolsonaro.
O documento teria sido originalmente entregue pelo ex-presidente justamente por Filipe Martins e Amauri Saad.
Fonte: © A10 Mais
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