Pessoas recorrem a estratégias extremas, como âncoras enterradas na fundação, para proteger estruturas de madeira de ventos fortes do furacão Milton.
À medida que o furacão Milton avança pelos Estados Unidos, o medo de perder a própria casa está levando as pessoas a adotar medidas extremas para se proteger. O furacão Milton é um exemplo claro de como a natureza pode ser devastadora, e é importante estar preparado para enfrentar suas consequências.
Com ventos que ultrapassam os 200 quilômetros por hora, o furacão Milton é uma verdadeira tempestade que está causando destruição em sua passagem. Além disso, é importante lembrar que o furacão Milton é apenas um tipo de ciclone, e que existem outros tipos de tempestades, como o tufão, que podem ser igualmente perigosos. É fundamental estar atento às previsões meteorológicas e tomar medidas preventivas para minimizar os danos causados por esses fenômenos naturais. A segurança é o mais importante e não se pode subestimar o poder da natureza.
Preparativos Extremos para o Furacão
Em Orlando, um homem tomou medidas drásticas para proteger sua casa do furacão, amarrando-a ao chão com enormes tiras amarelas. Em entrevista ao podcast Sarah & Flynny, a família compartilhou sua estratégia para transformar o imóvel em uma fortaleza. As janelas foram fechadas com tábuas, os carros embrulhados e a casa foi amarrada com tiras presas a âncoras que foram enterradas numa fundação de mais de 10 polegadas no quintal. Segundo a família, a casa já sobreviveu ao furacão anterior utilizando os mesmos métodos.
No entanto, o Professor Rodrigo Henrique Geraldo, coordenador do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Facens, afirma que essa estratégia não fornece tanta segurança assim. ‘Essa não pode ser considerada uma solução segura. A resistência de uma corda dificilmente seria capaz de suportar as forças de um furacão de alta intensidade’, justifica. Além disso, muitos dos danos causados às edificações durante um furacão não resultam apenas da força dos ventos em si, mas do impacto de objetos arremessados contra as construções, como pedaços de árvores e detritos trazidos pela tempestade.
Desafios da Engenharia
Geraldo entende que as pressões exercidas pelos ventos variam conforme a composição do imóvel. Além disso, para ter certeza da segurança, seria necessário avaliar o ângulo de incidência do vento e sua velocidade máxima, que seriam determinantes para avaliar se a amarração do telhado poderia ou não melhorar sua fixação. Esta perspectiva é corroborada por Kurt André, professor de Engenharia Civil da Fundação Educacional Inaciana (FEI). ‘Pela imagem, dá para ver que são umas cinco ou seis tiras. É preciso compreender a tração que cada uma é capaz de suportar em relação ao vento, considerando a velocidade e a direção do vento e a geometria da casa’, contextualiza.
‘Tudo isso pensando apenas para proteger as janelas. Já pensando na casa em si, geralmente as casas norte-americanas têm uma estrutura muito leve, de madeira ou drywall. Portanto, se essa estrutura com as tiras e as âncoras estiverem muito bem amarradas ao telhado e mesmo assim o telhado voar, a casa vai junto’, comenta. ‘Tiras amarradas a uma fundação de 10 polegadas não parecem ser o suficiente para segurar a casa’, estima. Mas o professor contemporiza a possibilidade. ‘É necessário avaliar qual seria o arrasto do vento, a direção do vento e pensar na pior situação possível para dimensionar a quantidade de fitas, a espessura dessa fita e o parafuso adequado. A engenharia até é capaz de calcular a possibilidade, mas não parece que seria viável’.
Proteção contra Furacões e Ciclones
Proteger as casas que estão na rota de furacões e outros eventos naturais, como tempestades e tufões, é um desafio complexo. É necessário considerar as forças extremas dos ventos e a possibilidade de danos causados por objetos arremessados. A estratégia de amarrar a casa ao chão pode ser uma solução, mas é importante avaliar a resistência das tiras e a fundação para garantir a segurança. Além disso, é fundamental considerar a geometria da casa e a direção do vento para dimensionar a quantidade de fitas e o parafuso adequado. A engenharia pode calcular a possibilidade, mas é importante ser cauteloso e considerar a pior situação possível.
Fonte: © Estadão Imóveis
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