Segundo a Febraban, anualmente são investidos R$ 4 bilhões no processo de identificação de correntistas e combate a fraudes em instituições financeiras.
O enfrentamento das fraudes bancárias uniu especialistas do setor financeiro e da sociedade civil nesta sexta-feira (28) na Câmara dos Deputados. Durante o debate na Comissão de Segurança Cibernética e Proteção de Dados (CSCPD), foram discutidas medidas para coibir as fraudes bancárias e proteger os clientes de possíveis prejuízos.
Além disso, foi ressaltada a importância de se manter vigilante contra esquemas fraudulentos que visam lesar instituições financeiras e indivíduos. A implementação de tecnologias avançadas e a educação financeira da população são essenciais para combater os crimes bancários e garantir a segurança do sistema financeiro como um todo.
Fraudes Bancárias: Proposta de Cadastro Digital Certificado e Identificação de Correntistas
A proposta, apresentada pelo senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), visa estabelecer o Cadastro Digital Certificado e definir diretrizes para a identificação de correntistas ativos e passivos de contas de depósitos abertas de forma eletrônica. De acordo com o projeto, os usuários dos serviços bancários devem validar sua identidade por meio de certificados a cada dois anos.
Processo de abertura de contas: um aspecto crucial no combate às fraudes bancárias. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revela que anualmente são investidos cerca de R$ 4 bilhões na prevenção dessas práticas. O diretor de Inovação da Febraban, Ivo Mósca, destaca a colaboração entre as instituições financeiras para enfrentar esse desafio em conjunto.
Golpes financeiros e esquemas fraudulentos são cada vez mais comuns, como ressalta Luã Cruz, representante do Instituto de Defesa dos Consumidores (Idec). Ele levanta preocupações sobre a coleta excessiva de informações proposta no projeto, alertando para possíveis impactos negativos aos cidadãos. A proposta inclui desde dados básicos como nome, endereço e CPF até a exigência de fotos faciais e impressões digitais.
Para garantir maior segurança no processo de abertura de contas e combater crimes bancários, Leonardo Gonçalves, presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional de Certificação Digital (ANCD), sugere a utilização da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil). Ele destaca a importância de aproveitar a infraestrutura existente, já consolidada ao longo de duas décadas, para proteger tanto a população quanto as instituições financeiras.
Serviços bancários e instituições financeiras devem estar atentos às evoluções tecnológicas e adotar medidas eficazes para prevenir fraudes bancárias. A flexibilidade nas normas e a utilização de tecnologias adequadas são essenciais para acompanhar a velocidade e sofisticação dos golpes financeiros atuais. A colaboração entre entidades e a implementação de mecanismos de segurança robustos são fundamentais para proteger os correntistas e manter a integridade do sistema bancário.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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