Aproveitar oportunidades no mercado de trabalho do agronegócio requer qualificação, adaptação e criação de agritechs para o processo produtivo.
Profissões em alta têm sido o foco de muitos jovens brasileiros nos últimos anos. De acordo com Felippe Serigati, pesquisador do FGVAgro, nascido em Diadema, no ABC Paulista, região reconhecida como um dos principais polos da indústria nacional, o mercado de trabalho do agronegócio tem se destacado. A demanda por profissionais qualificados nesse setor tem crescido significativamente, abrindo oportunidades para aqueles que desejam seguir carreiras promissoras.
Além das profissões em alta no agronegócio, outras ocupações em destaque têm chamado a atenção dos especialistas. Com a economia do país em constante evolução, empregos em ascensão em áreas como tecnologia e sustentabilidade têm despertado o interesse de muitos profissionais em busca de novas oportunidades. É importante estar atento às tendências do mercado de trabalho e se preparar para aproveitar as chances que surgirem no caminho.
Profissões em alta: Oportunidades crescentes no mercado de trabalho
De acordo com especialistas, o interesse por conhecimentos específicos sobre as atividades do campo está crescendo entre profissionais de diversas áreas, em busca de aproveitar as oportunidades em destaque nesse setor. Bancários, advogados, jornalistas e profissionais de tecnologia encontram espaço para atuar em áreas como o planejamento de sucessão de propriedades rurais e a criação de agritechs.
Para esses profissionais, a promessa é de uma remuneração comparativamente melhor, porém, uma vida bastante diferente do que estão acostumados. O trabalho no campo envolve um processo produtivo associado a ciclos biológicos, tornando-o dependente da natureza, diferente de um processo industrial convencional.
Além disso, quem opta por atuar nesse segmento estará distante dos grandes centros urbanos, muitas vezes viajando pelo país e precisando se adaptar às particularidades de cada região. A qualificação é essencial, pois o conhecimento sobre café em São Paulo pode não ser o mesmo em Minas Gerais, por exemplo.
A migração para o campo não é uma decisão trivial, mas oferece a perspectiva de ganhos equiparados aos de indústrias em regiões metropolitanas. A remuneração média no agronegócio de Goiás, por exemplo, pode chegar a cerca de R$ 3.700 por mês, com um custo de vida mais baixo.
Para absorver mão de obra qualificada, o setor agrícola precisa oferecer uma remuneração atrativa, o que tem impulsionado a criação de cursos de educação executiva voltados para a gestão e aplicação de ferramentas de mercado no universo agropecuário. O dinamismo do agronegócio e sua capacidade de distribuir crescimento pelo país são destacados como fatores motivadores para profissionais interessados em seguir carreiras promissoras nesse segmento.
A capacitação é um esforço conjunto que mobiliza diversos players do mercado. Recentemente, a Embrapa firmou parceria com uma empresa de Ensino à Distância (EAD) para oferecer o curso ‘Introdução à Agricultura Digital’, abordando conceitos e tecnologias relevantes para o setor, desenvolvidos com a colaboração de pesquisadores e analistas.
A demanda por capacitação em tecnologias digitais que atendam às necessidades reais do produtor rural tem aumentado, impulsionando a criação de cursos qualificados. O objetivo é promover a adoção de novas ferramentas e formar agentes multiplicadores para impulsionar a produtividade no campo. O curso, com carga horária de 40 horas, é destinado a profissionais de diversas áreas, alinhando-se com a demanda identificada por especialistas e economistas do setor.
Fonte: @ Info Money
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