Professores buscam diálogo para evitar greve em mais de 50 universidades federais, apoiam reivindicações por melhores condições e reajustes salariais.
Na última sexta-feira (19), os docentes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) se engajaram em protesto em frente ao edifício do Ministério da Fazenda, localizado no Centro da cidade. A manifestação pacífica teve como objetivo chamar atenção para as condições de trabalho dos professores e a busca por melhores investimentos na área da educação.
O protesto dos professores da UFRJ foi parte de uma série de ações de mobilização da categoria em todo o país. A greve também é considerada como uma possibilidade futura caso suas reivindicações não sejam atendidas. A luta por melhores condições de trabalho e investimentos na educação é uma pauta constante desses profissionais comprometidos com o ensino e pesquisa de qualidade.
Protesto por melhores condições de trabalho e investimento em bolsas de pesquisa
Na última quinta-feira (18), ocorreu uma grande manifestação envolvendo docentes que reivindicavam melhores condições de trabalho, incluindo reajustes salariais e um aumento significativo no investimento em bolsas de pesquisa na instituição federal. O movimento ganhou força com a adesão de 52 universidades e 79 institutos federais à greve, juntamente com 14 campus do Colégio Pedro II.
A greve nas universidades e institutos federais despertou incerteza entre os alunos, que agora se veem diante da possível interrupção de suas rotinas e planos acadêmicos. Sob o lema ‘Eu amo a UFRJ’, os professores estão confiantes de que a mobilização do grupo poderá sensibilizar os gestores da educação em todo o país, na busca por soluções para evitar a paralisação das atividades na UFRJ.
Mobilização em prol do orçamento e das atividades acadêmicas
Mayra Goulart, presidente da Adufrj, a Associação de Docentes da UFRJ, expressou sua preocupação com a contínua redução do orçamento da instituição, refletida de maneira evidente nos corredores, salas de aula, laboratórios, bibliotecas e museus. Mesmo diante dessas adversidades, os docentes seguem comprometidos em produzir conhecimento, inovações e servir à sociedade com excelência, porém, reivindicam condições dignas para continuar nessa jornada.
Impacto da falta de investimento na educação e na assistência estudantil
O reitor da UFRJ, Roberto Medronho, destacou a importância vital do investimento na produção de conhecimento essencial para as comunidades mais necessitadas. Além disso, ressaltou a necessidade urgente de mais repasses para que a universidade possa manter suas atividades em pleno funcionamento. Medronho enfatizou que a luta não se resume apenas a pedidos de repasses adicionais, mas sim por um investimento mais amplo na educação em todo o país.
Para a professora Tatiana Roque, do Instituto de Matemática, a redução dos repasses governamentais representa uma ameaça direta aos alunos mais vulneráveis, que dependem da assistência estudantil, refeitórios e alojamentos fornecidos pela instituição. Tatiana ressaltou que a educação não deve ser encarada como um simples gasto, mas sim como um investimento crucial no futuro do país, uma vez que a perda desses recursos pode resultar no retrocesso do ensino e na exclusão de estudantes menos favorecidos.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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