Três PFs investigados por ausências, cedidos à Abin, entre 2021 e 2022. Ministro determina processos disciplinares por suposto esquema de espionagem.
A notícia informa que a Controladoria-Geral da União (CGU) iniciou investigações sobre três servidores da Polícia Federal (PF) transferidos para a Abin Paralela. Essa medida foi divulgada no Diário Oficial da União (DOU) de hoje.
A ação da CGU revela a importância de garantir a integridade dos servidores públicos que atuam em órgãos como a Agência Brasileira de Inteligência. As investigações envolvem possíveis irregularidades que podem estar relacionadas a uma organização criminosa que atua na Abin Paralela. É fundamental conduzir essas apurações com transparência e rigor para manter a credibilidade da instituição.
Investigação da ‘Abin Paralela’ revela organização criminosa infiltrada
Dois servidores, Marcelo Araújo Bormevet e Felipe Arlotta Freitas, estão temporariamente impedidos de exercer suas funções públicas, conforme decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, datada de 25 de janeiro. Essa determinação está associada ao caso que investiga um suposto esquema de espionagem ilegal da ‘Abin Paralela’.
A Controladoria-Geral da União (CGU) está avançando nas apurações sobre o monitoramento ilegal realizado pela Agência Brasileira de Inteligência no governo Bolsonaro. A ‘Abin Paralela’ teria utilizado o software FirstMile, de forma não autorizada, para rastrear a localização de pessoas através de seus celulares.
A investigação revela que uma organização criminosa se infiltrou na Abin, visando espionar adversários do clã Bolsonaro com o auxílio do referido software. Essas práticas ilegais de espionagem ocorreram sem a devida autorização judicial, atingindo autoridades, jornalistas e advogados durante a gestão de Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem na agência.
Procedimentos contra os servidores e prazos estabelecidos pela CGU
Os servidores da Polícia Federal, identificados como Marcelo Araújo Bormevet, Felipe Arlotta Freitas e Eliomar da Silva Pereira, passarão por processos administrativos disciplinares devido à ausência por mais de 60 dias enquanto estavam cedidos à Abin. Bormevet, policial desde 2005, encontra-se suspenso de suas funções.
Já Felipe Arlotta Freitas, policial federal desde 2006, foi cedido à agência entre 2019 e 2022, durante a gestão de Alexandre Ramagem. Eliomar da Silva Pereira, delegado desde 2003, também trabalhou na Abin entre 2021 e 2022. Atuando no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a Segurança das Comunicações (Cepesc), Pereira é outro servidor afastado por determinação do ministro Moraes.
A CGU informou que os procedimentos de análise das condutas dos servidores da Polícia Federal estarão concluídos em um prazo de 60 dias, podendo ser prorrogados por igual período conforme necessidade.
Novas evidências reforçam a atuação da ‘Abin Paralela’
Segundo o portal Uol, há indícios de que Jair Bolsonaro recebia informações fabricadas por integrantes da ‘Abin Paralela’. O esquema de monitoramento ilegal, com a utilização do software FirstMile, visava atingir opositores políticos e outras figuras importantes na gestão do ex-presidente.
A ação criminosa de espionagem, realizada sem respaldo judicial, demonstra a complexidade e gravidade da situação envolvendo a Agência Brasileira de Inteligência. A investigação da Polícia Federal aponta para uma trama sofisticada, na qual a ‘Abin Paralela’ teria atuado de forma clandestina, violando direitos e colocando em risco a segurança e a privacidade de indivíduos do cenário político e da sociedade em geral.
Fonte: @ Metropoles
Comentários sobre este artigo