Tendência de baixa consistente no curto e médio prazo, com risco de perdas aprofundarem para 16,4% antes de atingir próximo suporte.
A tendência de baixa do Ibovespa tem se mantido de forma contínua desde meados de maio. O desafio é que, após a perda do patamar dos 121 mil pontos, o próximo suporte do índice está localizado nos 112.160 pontos, representando uma queda de aproximadamente 6,7% em relação ao seu último fechamento (120.261 pontos).
Essa movimento descendente do mercado financeiro reflete uma tendência de baixa que se mostra contínua nas últimas semanas. É importante estar atento aos sinais de queda e possíveis oportunidades de investimento em meio a esse cenário desafiador.
Entendendo a Persistência da Tendência de Baixa
Análise fundamentalista versus técnica: qual abordagem é mais eficaz para investir? Em outras palavras, como a tendência de baixa continua consistente no curto e médio prazos, há o risco de o Ibovespa ampliar suas perdas de 10,4% para 16,4% antes de atingir o próximo fundo.
Na análise técnica, é destacado que nada que já tenha caído muito está imune a quedas adicionais. O Ibovespa já registrou uma queda superior a 10% em 2024, e a questão reside na ausência de suporte próximo no gráfico diário, uma vez que os fundos estão localizados apenas em 112.160 e 111.600 pontos, níveis de suporte estabelecidos em outubro do ano anterior.
O que permanece como fator predominante é a tendência de baixa, evidenciando a formação de topos e fundos descendentes, conforme explica Igor Graminhani, analista gráfico da Genial Investimentos. Assim, surge a indagação se o Ibovespa está à beira de uma queda acentuada, porém, como ressalta o analista, a situação não é tão direta.
O suporte não implica necessariamente que o Ibovespa irá cair diretamente até ele, nem é possível determinar com precisão o tempo necessário para atingir essa região de fundo. Na análise técnica, a abordagem se baseia em probabilidades, não em certezas.
Quando um ativo rompe um suporte, é comum que corrija em direção ao próximo fundo, mas não há garantias de que atingirá efetivamente esse ponto. A questão central é a maior probabilidade de manutenção da tendência de baixa, conforme destaca Graminhani.
Em resumo, o Ibovespa não está necessariamente destinado a despencar até os 112 mil pontos. Na realidade, ele mantém sua trajetória de baixa e, com base no histórico, o próximo suporte, segundo a análise da Genial, encontra-se em 112.160 pontos, se e quando o índice alcançar essa região. Contudo, essa previsão não é unânime.
Os analistas do Itaú BBA identificam os próximos suportes do índice em 115.000 e 111.600 pontos, enquanto a equipe do BB Investimentos aponta que, no momento atual, os suportes mais relevantes do Ibovespa estão distribuídos em 117 mil, 114 mil e 112 mil pontos.
De acordo com a Genial, após os 112.160 pontos, o próximo fundo do Ibovespa está situado em 111.600 pontos e, posteriormente, em 108.190 pontos. Contudo, é preferível não considerar essa possibilidade.
Os executivos do Itaú BBA aconselham cautela a curto prazo, devido à crescente probabilidade de quedas mais acentuadas no horizonte. O cenário externo, até o momento, não favorece, levando a uma revisão do panorama de longo prazo para o índice.
Mas afinal, o que é o suporte? De maneira simplificada, na análise gráfica, quando o preço de uma ação passa por uma série de quedas, ele estabelece esse ‘fundo’, indicando uma interrupção na queda e um movimento de alta mais pronunciado. Em seguida, se houver uma nova queda, o ativo testará o fundo anterior no gráfico antes de retomar a trajetória ascendente.
A análise sugere que ao atingir um fundo, um ativo levará mais tempo antes de retroceder até seu próximo suporte. Daí a importância desse termo. Portanto, as análises não afirmam que o Ibovespa cairá até os próximos fundos, mas sim que, caso o índice alcance esses níveis,
Fonte: @ Valor Invest Globo
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