A suplementação de creatina pode reduzir a queda na produção de massa óssea e melhorar a composição corporal e função cognitiva em mulheres.
A creatina é conhecida por ser uma substância naturalmente presente no organismo, sendo amplamente utilizada como suplemento por atletas em busca de melhor desempenho físico. A ingestão de creatina pode auxiliar no aumento da energia muscular, favorecendo a realização de exercícios de alta intensidade.
Além disso, a creatina é considerada um suplemento seguro e eficaz para a melhora do desempenho atlético. A utilização dessa substância pode contribuir para o aumento da força e da massa muscular, sendo uma opção popular entre praticantes de atividades físicas intensas.
Benefícios da Suplementação de Creatina para Mulheres na Pós-Menopausa
Porém, a queda na produção desse hormônio também pode levar à perda de massa muscular e óssea. Nesse contexto, a utilização da substância creatina pode representar uma alternativa interessante e benéfica para mulheres que passaram pela menopausa. De acordo com uma pesquisa divulgada em 2021 na revista Nutrients, o uso da creatina pode contribuir para o aumento da composição corporal e da densidade mineral óssea em mulheres nessa fase da vida, além de aprimorar o humor e a função cognitiva.
A creatina desempenha um papel crucial na preservação da massa muscular, aumentando também a força e a resistência, o que pode ajudar a prevenir o risco de fraturas e doenças mais graves, como a osteoporose, conforme explicado por Ramiele Calmon, nutricionista especialista em climatério e menopausa, em entrevista à CNN. Entre os benefícios que a creatina pode proporcionar às mulheres após a menopausa, destacam-se o aumento da massa muscular, melhora da força, saúde óssea aprimorada, melhor desempenho em atividades físicas e aprimoramento da função cognitiva.
Alguns estudos indicam que a creatina pode ser benéfica para a função cognitiva, especialmente porque a memória das mulheres na menopausa tende a sofrer uma queda, e a creatina pode ajudar a reverter esse declínio, conforme mencionado por Calmon. Outra pesquisa publicada em 2021, também na revista Nutrients, revela que a creatina pode melhorar o processamento cognitivo em situações que propiciam a deficiência dessa substância no cérebro, como privação de sono, lesão cerebral traumática, envelhecimento natural, Alzheimer e depressão. No entanto, são necessários mais estudos para confirmar essas descobertas.
Como a creatina atua no organismo? A creatina desempenha diversas funções essenciais no corpo, sendo armazenada principalmente nas fibras musculares e participando da produção de energia que abastece as células musculares. Esse processo ocorre por meio de sua contribuição para a manutenção dos níveis de ATP (adenosina trifosfato) intracelular. A ATP é considerada a fonte de energia das células e é composta por três fosfatos. Quando o músculo se contrai, um desses fosfatos é consumido, resultando na ‘falta de energia’ da molécula. Ao recarregar a energia dessa molécula, a creatina promove o aumento da força e do desempenho físico.
A suplementação com creatina pode beneficiar o desempenho em exercícios de alta intensidade, como musculação e corrida, melhorando a capacidade do corpo de gerar energia durante os treinos, conforme explicado por Larissa Raso Hammes, ginecologista e obstetra do Instituto GRIS. Isso se traduz em mais força, resistência e explosão muscular, maximizando os resultados das atividades físicas. Diante desse mecanismo, a suplementação de creatina pode ser recomendada para mulheres que estejam enfrentando a perda de massa muscular.
Fonte: © CNN Brasil
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