Escolas particulares no Brasil abaixo da média no Pisa. Especialistas apontam caminho para garantir garantia de aprendizado: melhoria do sistema público.
A busca por uma educação de qualidade é uma preocupação constante para muitos pais no Brasil. Escolher entre a rede pública e privada é um desafio, já que nem sempre a opção por escolas particulares se traduz em um ensino de excelência. As famílias procuram cada vez mais garantir um futuro promissor para seus filhos através da educação, porém esbarram em obstáculos que vão além do acesso à instrução.
É fundamental refletir sobre as diferentes abordagens de ensino e modelos educacionais para promover uma aprendizagem eficaz. A qualidade da instrução recebida pelas crianças e jovens é essencial para o desenvolvimento pleno de suas habilidades e potenciais. Investir em educação de forma ampla e integral é o caminho para construir uma sociedade mais igualitária e preparada para os desafios do futuro. Precisamos reforçar a importância da colaboração entre família, escola e comunidade na construção de um ambiente favorável ao ensino e à aprendizagem.
Os desafios da educação no Brasil: Reflexões a partir do Pisa
Os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) mais recentes apontam que, apesar de não ter ocorrido uma queda significativa nas notas durante a pandemia, os alunos brasileiros continuam estagnados em níveis insuficientes de aprendizado. Essa estagnação reflete um cenário em que a educação no país ainda está aquém dos padrões internacionais.
O papel das escolas particulares na aprendizagem
O Pisa, realizado a cada três anos em 81 países, tem como objetivo avaliar o nível de aprendizagem dos jovens de 15 anos, próximos do término da educação obrigatória. No Brasil, dos mais de 10 mil alunos avaliados em 2022, cerca de 14% pertenciam a escolas privadas. Enquanto a média nacional ficou em 379 pontos em matemática, as escolas particulares alcançaram 456 pontos, demonstrando uma performance acima da média do país, porém ainda aquém da média internacional.
Embora as instituições privadas tenham se saído melhor, inclusive superando as escolas públicas, ainda há um longo caminho a percorrer para equiparar-se aos padrões internacionais de excelência educacional. Mesmo os alunos mais privilegiados no Brasil não conseguiram atingir a média da OCDE em matemática, mostrando que o investimento financeiro não é garantia de qualidade no ensino.
Impactos da pandemia na educação privada
Durante a pandemia, as escolas particulares enfrentaram desafios significativos, apesar de representarem uma parcela relativamente pequena do sistema educacional brasileiro. Com cerca de 20% das matrículas totais em 2023, as instituições privadas viram-se obrigadas a se adaptar às novas realidades do ensino à distância e híbrido, impactando o desempenho escolar geral.
A escassez de estudos acadêmicos sobre a qualidade do ensino privado no país aponta para a necessidade de maior atenção e investigação nessa área. Enquanto a maioria das pesquisas concentra-se no ensino público, especialistas como Ocimar Munhoz Alavarse ressaltam a importância de compreender além das médias estatísticas, utilizando avaliações como o Pisa para identificar as nuances da educação atual.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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