Exposição a partículas finas e dióxido de nitrogênio na poluição atmosférica agravam complicações motoras em pacientes com Parkinson e aumentam risco de hemorragias cerebrais em AVCs, afetando o sistema nervoso central e doenças neurológicas.
A poluição do ar é um problema grave que afeta a saúde pública em todo o mundo, especialmente em áreas urbanas densamente povoadas. A exposição prolongada à poluição do ar pode ter consequências devastadoras para a saúde humana, incluindo o aumento do risco de doenças neurológicas como Parkinson e acidente vascular cerebral (AVC).
Além disso, a contaminação do ar também pode contribuir para a poluição ambiental, que é um dos principais desafios enfrentados pela humanidade hoje em dia. A poluição do ar é um dos principais fatores que contribuem para a deterioração da qualidade do ar, o que pode ter consequências graves para a saúde humana e o meio ambiente. É fundamental que tomemos medidas para reduzir a poluição do ar e proteger a saúde pública.
Poluição: Um Problema de Saúde Pública
As descobertas recentes sobre o impacto do dióxido de nitrogênio (NO2) e de partículas finas no cérebro humano são alarmantes e reforçam a necessidade urgente de medidas para reduzir a poluição atmosférica e proteger a saúde pública. Uma pesquisa conduzida pela Mayo Clinic, nos Estados Unidos, publicada no periódico JAMA Network Open, investigou a relação entre a exposição prolongada à poluição do ar e o desenvolvimento de Parkinson.
O estudo analisou dados de mais de 6.000 pessoas, incluindo 346 pacientes acometidos pela doença, e observou que a exposição elevada ao PM2.5 está relacionada a um aumento de 36% no risco de desenvolver um subtipo do Parkinson que causa rigidez muscular e movimentos lentos. Além disso, as pessoas expostas a altos níveis de poluição apresentaram um risco significativamente maior de desenvolver discinesia, um efeito colateral do tratamento para Parkinson que resulta em movimentos involuntários difíceis de controlar.
Poluição Ambiental: Um Problema de Saúde Neurológica
As partículas finas, menores que 2,5 micrômetros de diâmetro (PM2.5), são liberadas principalmente por veículos, indústrias e queima de combustíveis fósseis. Essas partículas são tão pequenas que podem se infiltrar profundamente nos pulmões e, eventualmente, alcançar o cérebro. Quando inaladas, elas podem desencadear inflamações e estresse oxidativo, ambos associados ao desenvolvimento de doenças neurológicas.
O NO2 e o AVC: poluição agrava o quadro clínico. Além do impacto no Parkinson, o dióxido de nitrogênio (NO2), outro poluente atmosférico estudado, foi associado ao aumento global nos casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC). O NO2 é liberado principalmente pela queima de combustíveis fósseis, especialmente em áreas com tráfego intenso de veículos e em zonas industriais. Este gás contribui para a formação de partículas finas no ar e, segundo os pesquisadores, afeta diretamente a saúde cardiovascular e neurológica.
Impactos Profundos na Saúde Pública
De acordo com um estudo publicado no periódico The Lancet Neurology, entre 1990 e 2021, o número de pessoas que tiveram AVC aumentou 70%, e grande parte desse aumento está diretamente ligado a fatores ambientais, incluindo o NO2 e as partículas finas. O estudo estima que o NO2 seja responsável por 14% dos casos de hemorragia subaracnoidea, uma forma grave da condição que provoca sangramentos no cérebro e é frequentemente fatal.
A exposição contínua à poluição pode resultar em danos cumulativos, especialmente em indivíduos que vivem em grandes cidades ou áreas industriais. O aumento das taxas de Parkinson e AVC em regiões com altos níveis de poluição é um problema de saúde pública que precisa ser abordado com urgência. A redução da poluição atmosférica é fundamental para proteger a saúde pública e prevenir doenças neurológicas.
Fonte: @ Veja Abril
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