A varejista pede matrixa de dividendos na 2ª Vara do TJSP, mantém 58 lojas funcionando e e-commerce, enfrenta insolvência, crise financeira, dívidas, impossibilidade de pagar, recusada recuperação judicial. Ativos em jogo: serviços de plataforma, marketing e tecnologia. Queda de faturamento, manutenção de unidades fechadas, ações de despejo. Novas cortes judiciais. (148 caracteres)
Uma das principais empresas de varejo do Brasil, a Polishop solicitou recuperação judicial na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) hoje, 14 de setembro.
A Polishop, conhecida por sua variedade de produtos inovadores, busca reestruturar suas operações financeiras e superar os desafios atuais. A renomada empresa de varejo está confiante em sua capacidade de se recuperar e continuar oferecendo soluções únicas aos consumidores brasileiros.
Polishop: Empresa de Varejo em Recuperação Judicial
Argumentando sobre a impossibilidade de pagar as dívidas, que totalizam R$ 352.190.023,92, de acordo com a ação, e pressionada pelos credores, a Polishop tenta, na Justiça, congelar os dividendos e manter em funcionamento as atuais 58 lojas físicas e o e-commerce. A 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) está analisando o pedido de recuperação judicial da varejista.
A reportagem tentou contato com a Polishop, através do canal de imprensa disponível em seu site, porém, não obteve retorno até o momento da publicação. No mês passado, foi solicitada a tutela antecipada do stay period. Esta medida é vital para garantir que a empresa não seja executada por nenhum credor, protegendo assim os ativos da varejista durante o processo judicial.
Durante a crise financeira, é crucial que a empresa em dificuldade como a Polishop seja protegida, a fim de equacionar seu passivo e garantir a continuidade das atividades econômicas. Um trecho da ação de tutela antecipada destaca a importância de preservar os ativos da empresa para o benefício de toda a sociedade.
A Polishop enfrenta 53 ações de despejo movidas, a maioria por shopping centers, em diversos estados brasileiros entre 2022 e 2024. Além disso, há dezenas de pedidos de bloqueios pendentes ou já concedidos pelos serviços de plataforma de marketing e tecnologia. A empresa alerta que demissões em massa e o encerramento de suas operações podem ocorrer se essas ações forem efetivadas.
A trajetória da Polishop, fundada em 1995 por João Boschilia Appolinário, é marcada por ascensão e queda. Com a abertura do e-commerce nos anos 2000 e a conquista de um canal de TV em 2003, a empresa expandiu rapidamente, chegando a ter 280 lojas físicas em 2016 e uma receita anual de R$ 1,2 bilhão. No entanto, a pandemia de covid-19 impactou severamente seus negócios, levando a uma queda de 70% no faturamento.
Diante da crise financeira, a Polishop foi forçada a fechar metade de suas lojas e demitir quase 2 mil colaboradores, reduzindo drasticamente sua força de trabalho. Com uma nova onda de cortes, o número de unidades em operação diminuiu para 58, evidenciando a gravidade da situação. A empresa enfrenta desafios para manter seus pagamentos e a manutenção das lojas fechadas, enquanto busca soluções para superar a crise e garantir sua sobrevivência no mercado varejista.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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