O governo de São Paulo vai comprar 12 mil equipamentos para trocar as 10,1 mil câmeras portáteis em uso, visando melhorar os indicadores de mortes.
O recente comunicado divulgado pelo governo de São Paulo para renovar e expandir a quantidade de câmeras corporais da polícia do Estado estabelece que a gravação poderá ser acionada e encerrada pelo agente em questão no local. Atualmente, o sistema opera com gravação contínua.
Além disso, a iniciativa prevê a inclusão de câmeras portáteis e outros equipamentos de gravação para complementar a câmera operacional portátil já em uso. Essas medidas visam aprimorar a eficiência e a segurança das operações policiais, garantindo registros precisos e confiáveis das atividades realizadas, contribuindo assim para a transparência e a prestação de contas no serviço público.
Câmeras Corporais: Ampliação do Programa de Aquisição
A Secretaria da Segurança (SSP) enfatizou que o edital considerou estudos técnicos, destacando problemas relacionados à autonomia da bateria dos equipamentos e à capacidade de armazenamento durante a gravação contínua. O governo paulista anunciou a intenção de adquirir 12 mil novos equipamentos para substituir as 10,1 mil câmeras portáteis em uso atualmente. Isso representa um aumento de mais de 18% no programa implementado em 2020 na gestão de João Doria (PSDB).
A iniciativa mostrou resultados positivos na redução dos indicadores de mortes cometidas por policiais em serviço. No entanto, sob a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos), houve um aumento desses índices no último ano.
O edital do Estado estabelece que a câmera operacional portátil (COP) deve possibilitar o início e o término da gravação de forma remota e local. Além disso, o tipo de vídeo a ser gravado é especificado como intencional, capturado a partir do acionamento do policial militar, local ou remotamente.
Quanto ao armazenamento, os arquivos devem estar disponíveis para visualização imediata por 30 dias, seja em nuvem ou co-location, representando uma redução em comparação aos 90 dias anteriores. Essa mudança implica uma alteração no modelo atual de gravação contínua.
No modo de rotina, a câmera grava em qualidade inferior e sem áudio, enquanto no modo de gravação intencional, a qualidade é superior e o áudio é captado. O armazenamento atual é feito em nuvem pela empresa Axon, com um custo mensal de R$ 486 por câmera.
A SSP explicou que o novo edital foi baseado em estudos técnicos e na experiência internacional. A pasta optou por um modelo de câmera com acionamento manual e remoto, ampliando as funcionalidades em relação ao equipamento anterior. A central de operações poderá verificar se o equipamento foi acionado em uma ocorrência, garantindo maior controle e eficiência no uso das câmeras corporais.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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