Televisores de tubo acumulavam eletricidade estática devido ao campo eletromagnético gerado pelas bobinas defletoras e ao efeito termiônico do cátodo, que transferia carga quando tocávamos em suas telas.
Para entender melhor o funcionamento dos televisores de antigamente, é importante saber como eles funcionavam internamente. Os televisores de Tubo de Raios Catódicos (CRT | Cathode-ray Tubes) eram conhecidos por seu design robusto e imagem de alta qualidade para a época.
Esses aparelhos, também chamados de TVs de tubo, utilizavam um mecanismo complexo para exibir imagens em movimento. A televisão de tubo era um aparelho eletrônico que utilizava feixes de elétrons para criar imagens em uma tela de fósforo. Com o tempo, esses aparelhos foram substituídos por tecnologias mais modernas, mas ainda são lembrados por muitos como um símbolo da televisão da época.
Entendendo o Funcionamento dos Televisores Antigos
Os televisores antigas eram conhecidos por arrepiar os pelos do braço de quem se aproximava. Mas por quê? Para entender esse fenômeno, é preciso mergulhar no funcionamento dos tubos de raios catódicos (CRT), a tecnologia por trás das TVs antigas.
O CRT é um dispositivo que dispara partículas subatômicas carregadas sobre um material fosforescente, que emite luz quando bombardeado. O processo de funcionamento do CRT é composto por quatro etapas principais: emissão de elétrons, aceleração dos elétrons, foco do feixe de elétrons e deflexão do feixe de elétrons.
Um dos componentes mais importantes do CRT é o eletrodo cátodo, um filamento metálico aquecido a altíssimas temperaturas com a passagem de corrente elétrica. Esse aquecimento faz com que os elétrons do filamento adquiram energia suficiente para ‘se libertarem’ do material, em um efeito conhecido como termiônico, ou efeito Edison, em referência a Thomas Edison.
O efeito termiônico é o aumento do fluxo de elétrons em metais, justamente por conta do aumento de temperatura. Além do filamento (cátodo), a estrutura central do CRT também tem um eletrodo positivo (ânodo), e a diferença de potencial entre esses dois componentes gera um campo eletromagnético muito intenso.
O Papel dos Eletrodos e Bobinas Defletoras
Ao passar por esse campo eletromagnético, os elétrons liberados no efeito termiônico são acelerados, ganhando uma enorme quantidade de energia cinética, que é direcionada à tela dos televisores e monitores antigos. No entanto, arremessar essas partículas na tela fosforescente sem qualquer direcionamento iria apenas liberar energia em forma de luz no meio da tela, mas sem qualquer controle.
Por essa razão, o conjunto do CRT também conta com outros componentes importantes, como eletrodos de foco e bobinas defletoras. Enquanto os eletrodos de foco criam campos elétricos para concentrar os feixes de elétrons, as bobinas defletoras ao redor do tubo controlam a direção de cada feixe, varrendo toda a área da tela na vertical e horizontal.
De forma resumida, o processo completo para a formação da imagem consiste na combinação desses elementos para emitir, acelerar, concentrar e direcionar feixes de elétrons. Quando esses feixes atingem a superfície fosforescente da tela, eles transferem sua energia para os pixels, cada um de uma cor primária — vermelho, verde ou azul (RGB) —, que se iluminam e criam a imagem que vemos na televisão.
Fonte: @Tech Tudo
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