Título histórico: time azul ganhou a Copa do Brasil de 2004 contra o Flamengo, encontrou Branco em churrasco de celebração.
Em 30 de junho de 2004, ocorreu um momento memorável no futebol brasileiro: o dia em que 11 homens de azul surpreenderam a todos e conquistaram um título histórico de Copa do Brasil, deixando os torcedores do Flamengo em silêncio no Maracanã. O Santo André protagonizou uma das maiores surpresas esportivas, marcando seu nome na história do futebol nacional.
O feito do Santo André não apenas surpreendeu o país, mas também evidenciou a força do futebol fora da capital. Integrante da equipe paulista, o time do Santo André demonstrou que a Grande São Paulo também tem seu lugar de destaque no cenário esportivo nacional, inspirando gerações futuras a acreditarem no potencial do esporte em todas as regiões do Brasil.
Santo André: A Glória da Equipe Paulista
Hoje na Série D do Brasileiro e recém-rebaixado à segunda divisão paulista, o time da Grande São Paulo foi gigante em 2004, eliminou o Palmeiras, bateu a ‘sensação’ do torneio e chegou à glória máxima diante do time com maior torcida do Brasil. Sandro Gaúcho e Élvis fizeram os gols de um título improvável, num palco que já tinha a festa armada… para o Flamengo. Os ‘intrusos’ de Santo André entenderam o cenário antes mesmo de a bola rolar, quando viram a estrutura armada para um possível show da cantora Ivete Sangalo. – Estão vendo? Vai ter show aí. Só que vocês não estão convidados não, filhos. A festa é para os caras que vieram aí – disse Sérgio Soares, ex-volante e que foi o técnico naquela noite, substituindo o suspenso Péricles Chamusca. Os dias que antecederam a partida foram marcados por ótimas histórias de motivação por parte do Santo André, que vivenciou um clima de ‘já ganhou’ do Flamengo, após o empate por 2 a 2 no jogo de ida da final, em São Paulo. O ambiente de festa se transformou rapidamente em um dos maiores vexames da história do clube carioca. Título rendeu ‘só’ R$ 1,5 mi Se hoje um campeão de Copa do Brasil pode faturar mais de R$ 90 milhões em prêmios da CBF, naqueles tempos a situação era bem diferente: o histórico Santo André levou apenas R$ 1,5 milhão em prêmios da Confederação Brasileira de Futebol. Corrigido pela inflação nesses 20 anos, o valor hoje ainda seria bem distante: cerca de R$ 5,5 milhões. A promessa do então presidente, Jairo Livolis, era de que todo o prêmio pago pela CBF seria destinado aos jogadores. Ainda que o clube não acreditasse muito que chegaria longe na competição. – O pessoal era mão fechada para caramba! O Jairo era um chorão. Para conseguir um bicho lá era uma novela, mas eu acho que foi importante essa questão de premiação, foi tudo bem claro, o Chamusca não deixava essas coisas tirarem o foco e o objetivo – brincou o atacante Sandro Gaúcho. Entretanto, o que ficou combinado foi cumprido por parte da diretoria. – Deu 1,5 milhão e olhe lá. Era mixaria. E qual foi a conta que nós fizemos, fomos a Jarinu para discutir o prêmio pelo título. De antemão eu já lembrei o Jairo, que se ganhássemos teríamos a Libertadores no ano seguinte, no qual as premiações eram pagas em dólar. Então, ele topou pagar uma boa premiação aos atletas e me lembro que o dinheiro da premiação caiu em um dia – confessou Celso de Almeida. – Em relação às premiações, tudo que eles combinaram com a gente foi cumprido certinho. A cada fase que passávamos a premiação ia aumentando de acordo com as cotas que na época a CBF repassava. Então era um gás a mais, porque era praticamente um salário a mais que a gente obtinha, o extra que a gente ganhava – assegurou Élvis, um dos heróis do título. Jogou na Bombonera? A capacidade dos jogadores do Ramalhão em encarar um Maracanã lotado foi colocada em xeque. O meia Élvis, uma das referências técnicas do time, se aproveitou do fato de ter jogado no Quilmes, da Argentina, para dar uma carga
Santo André: A História do Time Azul
Hoje na Série D do Brasileiro e recém-rebaixado à segunda divisão paulista, o time da Grande São Paulo foi gigante em 2004, eliminou o Palmeiras, bateu a ‘sensação’ do torneio e chegou à glória máxima diante do time com maior torcida do Brasil. Sandro Gaúcho e Élvis fizeram os gols de um título improvável, num palco que já tinha a festa armada… para o Flamengo. Os ‘intrusos’ de Santo André entenderam o cenário antes mesmo de a bola rolar, quando viram a estrutura armada para um possível show da cantora Ivete Sangalo. – Estão vendo? Vai ter show aí. Só que vocês não estão convidados não, filhos. A festa é para os caras que vieram aí – disse Sérgio Soares, ex-volante e que foi o técnico naquela noite, substituindo o suspenso Péricles Chamusca. Os dias que antecederam a partida foram marcados por ótimas histórias de motivação por parte do Santo André, que vivenciou um clima de ‘já ganhou’ do Flamengo, após o empate por 2 a 2 no jogo de ida da final, em São Paulo. O ambiente de festa se transformou rapidamente em um dos maiores vexames da história do clube carioca. Título rendeu ‘só’ R$ 1,5 mi Se hoje um campeão de Copa do Brasil pode faturar mais de R$ 90 milhões em prêmios da CBF, naqueles tempos a situação era bem diferente: o histórico Santo André levou apenas R$ 1,5 milhão em prêmios da Confederação Brasileira de Futebol. Corrigido pela inflação nesses 20 anos, o valor hoje ainda seria bem distante: cerca de R$ 5,5 milhões. A promessa do então presidente, Jairo Livolis, era de que todo o prêmio pago pela CBF seria destinado aos jogadores. Ainda que o clube não acreditasse muito que chegaria longe na competição. – O pessoal era mão fechada para caramba! O Jairo era um chorão. Para conseguir um bicho lá era uma novela, mas eu acho que foi importante essa questão de premiação, foi tudo bem claro, o Chamusca não deixava essas coisas tirarem o foco e o objetivo – brincou o atacante Sandro Gaúcho. Entretanto, o que ficou combinado foi cumprido por parte da diretoria. – Deu 1,5 milhão e olhe lá. Era mixaria. E qual foi a conta que nós fizemos, fomos a Jarinu para discutir o prêmio pelo título. De antemão eu já lembrei o Jairo, que se ganhássemos teríamos a Libertadores no ano seguinte, no qual as premiações eram pagas em dólar. Então, ele topou pagar uma boa premiação aos atletas e me lembro que o dinheiro da premiação caiu em um dia – confessou Celso de Almeida. – Em relação às premiações, tudo que eles combinaram com a gente foi cumprido certinho. A cada fase que passávamos a premiação ia aumentando de acordo com as cotas que na época a CBF repassava. Então era um gás a mais, porque era praticamente um salário a mais que a gente obtinha, o extra que a gente ganhava – assegurou Élvis, um dos heróis do título. Jogou na Bombonera? A capacidade dos jogadores do Ramalhão em encarar um Maracanã lotado foi colocada em xeque. O meia Élvis, uma das referências técnicas do time, se aproveitou do fato de ter jogado no Quilmes, da Argentina, para dar uma carga
Fonte: © GE – Globo Esportes
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