Montagens pornográficas atingiram 40 pessoas, incluindo 36 menores de 18 anos, em São Paulo, Maceió, Salvador e Cuiabá, violando o Estatuto da Criança e do Adolescente, com uso de inteligência artificial em redes sociais, afetando o ambiente escolar e configurando crimes contra a honra.
O uso de ferramentas de inteligência artificial, como as famosas IAs, para a criação de deepfakes está se tornando cada vez mais comum, inclusive no ambiente escolar. Isso é um problema grave, pois pode levar a consequências legais e emocionais graves para as pessoas envolvidas.
Além disso, a criação de deepfakes pode ser usada para produzir montagens e nudes falsos, que podem ser compartilhados nas redes sociais e causar danos irreparáveis à reputação das pessoas. Imagens adulteradas podem ser criadas para enganar e manipular as pessoas, o que é um problema sério que precisa ser abordado. É importante que as autoridades e as empresas de tecnologia trabalhem juntas para combater esse tipo de abuso e proteger as pessoas de deepfakes e outras formas de manipulação digital. A segurança online é fundamental.
Deepfakes: O Perigo das Montagens Pornográficas
Um caso recente em Itararé, no interior de São Paulo, chama a atenção para o problema das montagens pornográficas, também conhecidas como deepfakes. Dezenas de jovens e adolescentes tiveram seus rostos colocados em nudes digitais que foram compartilhados por estudantes de uma escola estadual por meio das redes sociais. As investigações apontam que 36 adolescentes de 13 a 17 anos e quatro pessoas maiores de 18 anos, incluindo uma professora, foram vítimas dessas montagens.
As imagens adulteradas foram criadas utilizando inteligência artificial, que permitiu que os responsáveis gerem corpos a partir dos rostos das vítimas. Esse tipo de exposição pode causar danos irreparáveis às vítimas, incluindo depressão, baixa autoestima, ansiedade, agressividade e medo. Além disso, as montagens podem ser compartilhadas rapidamente nas redes sociais, tornando difícil controlar a disseminação.
Como as Montagens São Feitas
De acordo com as mães de duas das vítimas, as montagens foram feitas a partir de fotos publicadas pelas menores nas redes sociais. As imagens originais foram baixadas e colocadas em um software de inteligência artificial que gera corpos a partir do rosto. Esse tipo de tecnologia é facilmente acessível e pode ser usada por qualquer pessoa com conhecimento básico de informática.
O Que Diz a Lei
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) determina pena de um a três anos de reclusão e multa para quem cria, vende, expõe à venda, disponibiliza, distribui, publica ou divulga por qualquer meio, adquire, possui ou armazena montagens pornográficas de menores. Além disso, a Constituição Federal assegura o direito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, e o Código Penal prevê a responsabilização por crimes contra a honra, incluindo calúnia, difamação e injúria.
Proteção e Prevenção
É fundamental que os pais e responsáveis estejam atentos às atividades online dos adolescentes e ensinem-os a proteger sua privacidade e imagem. Além disso, é importante que as escolas e instituições de ensino promovam a educação digital e a conscientização sobre os riscos das montagens pornográficas. Ao trabalhar juntos, podemos prevenir esses crimes e proteger os nossos jovens.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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