Lisa Pisano, 54, recebeu transplante de rim de porco geneticamente alterado no centro médico Langone em abril, com suporte circulatório mecânico.
Larissa Pisano, a pioneira em receber um transplante de rim suíno, utilizando suporte circulatório mecânico para auxiliar o coração a bombear sangue, faleceu no domingo passado (7).
O avanço médico do transplante de órgão de rim de porco, realizado em Larissa Pisano, abriu novas possibilidades na área de transplante e cirurgia cardíaca.
Transplante: um marco histórico no Centro Médico Langone Health
A confirmação da informação veio do Centro Médico Langone Health, localizado na Universidade de Nova York, onde a paciente realizou a cirurgia. Lisa Pisano, de 54 anos, passou pelo transplante em 12 de abril. Infelizmente, o órgão transplantado falhou e precisou ser removido em 29 de maio.
Este caso foi notável por ser o primeiro transplante de órgão em uma pessoa com suporte circulatório mecânico. Além disso, foi o segundo caso envolvendo o transplante de um rim de porco geneticamente modificado para um ser humano, sendo o primeiro a incluir a glândula timo do animal.
O pioneiro transplante de um rim de porco em um humano ocorreu em março deste ano, realizado por um médico brasileiro nos Estados Unidos. O Dr. Robert Montgomery, diretor do Instituto de Transplantes de Langone, elogiou a coragem e altruísmo de Lisa Pisano, destacando suas contribuições para a medicina e cirurgias.
Segundo Montgomery, as ações de Lisa foram fundamentais para avanços no campo dos transplantes. Ele enfatizou que o xenotransplante, que envolve o uso de órgãos de outras espécies, pode ser uma solução para a escassez de órgãos de doadores.
A cada oito minutos, uma pessoa é adicionada à lista de espera por um transplante, e infelizmente, 17 pessoas dessa lista morrem diariamente enquanto aguardam por um órgão. O xenotransplante é uma alternativa viável, com médicos nos Estados Unidos realizando esses procedimentos em casos raros, sob a supervisão da Food and Drug Administration (FDA).
Lisa Pisano recebeu autorização para o xenotransplante através da política de acesso expandido da FDA, que permite que pacientes terminais sem outras opções tenham acesso a procedimentos experimentais. Devido à sua insuficiência cardíaca e doença renal terminal, ela não era elegível para um transplante convencional.
Antes da cirurgia, Lisa expressou sua esperança de passar mais tempo com seus netos. O rim de porco que recebeu foi geneticamente modificado para evitar a rejeição pelo corpo humano. A glândula timo do porco, essencial para o sistema imunológico, foi posicionada junto ao rim para auxiliar na aceitação do órgão.
Apesar do desfecho do transplante, o caso de Lisa Pisano representa um avanço significativo no campo dos transplantes de órgãos, abrindo portas para futuras pesquisas e possíveis soluções para pacientes em situações semelhantes.
Fonte: © CNN Brasil
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