Nísia Trindade participou de reuniões em Ancona, Itália, discutindo redução da mortalidade materna e medicina tradicional com ministros em encontros bilaterais.
O envelhecimento saudável e ativo é um desafio global que exige ações concretas para garantir a qualidade de vida da população mundial. Nesse sentido, é fundamental promover políticas públicas que abordem as necessidades específicas dos idosos, considerando a complexidade da velhice e suas implicações na saúde e no bem-estar.
No segundo dia da Reunião de Ministros da Saúde do Grupo dos 7 (G7), realizada em Ancona, na Itália, em 11 de junho, os líderes mundiais discutiram estratégias para garantir que o cuidado com a saúde seja abrangente e atenda às necessidades dos idosos em todas as fases da idade. A prevenção é a chave para um envelhecimento saudável e ativo, e é essencial investir em programas de saúde que promovam a prevenção de doenças crônicas e a manutenção da autonomia dos idosos. A colaboração internacional é fundamental para alcançar esses objetivos e garantir que todos tenham acesso a cuidados de saúde de qualidade.
O Envelhecimento da População: Um Desafio Global
O Brasil participou do evento como convidado no fórum, que é composto pelos sete países mais industrializados do mundo. ‘O Brasil, assim como o resto do mundo, enfrenta o desafio do Envelhecimento da população. O rápido aumento do número de idosos exige mudanças significativas na forma como os serviços de saúde, assistência social e direitos humanos são organizados’, destacou a ministra Nísia Trindade na reunião. Aos colegas, Trindade apresentou o trabalho do Brasil em prol da saúde dos idosos, sobretudo, com a instituição do Estatuto Nacional da Pessoa Idosa, de 2006, que determina que a saúde desse público não pode ser medida apenas pela presença ou ausência de doenças, mas sim por como eles estão vivendo e se sentem no dia a dia.
O Envelhecimento no Brasil: Dados e Desafios
Atualmente, os idosos representam 33 milhões de brasileiros, uma média de 16% da população. Desde 2010, são 56% pessoas a mais dentro dessa faixa etária. Em 2023, primeiro ano de gestão de Trindade, o Ministério da Saúde lançou o Guia de Cuidados para a Pessoa Idosa, que aborda as mudanças esperadas no processo de Envelhecimento. O Brasil também tem como ferramenta a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, instrumento de qualificação da atenção à pessoa idosa e busca contribuir para a organização do processo de trabalho das equipes de saúde e para a otimização de ações que identifiquem as principais vulnerabilidades da pessoa idosa.
A Saúde dos Idosos: Um Desafio Nacional
O Relatório Nacional sobre a Demência: Epidemiologia, (Re)conhecimento e Projeções Futuras, divulgado em setembro pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), aponta que cerca de 8,5% da população brasileira com 60 anos ou mais vive com a doença, o que representa aproximadamente 2,71 milhões de casos. Até 2050, a projeção é que esse número chegue a 5,6 milhões. Em 2024, foi instituída a Lei nº 14.878, que cria a Política Nacional de Cuidado Integral às Pessoas com Doença de Alzheimer e outras demências no âmbito do SUS. A lei prevê diretrizes como a capacitação de profissionais de saúde para a prevenção, identificação precoce dos sinais e sintomas, e a integração dos serviços de saúde.
Cooperação Internacional: Um Passo para o Envelhecimento Saudável
Nísia Trindade durante reunião com a vice-secretária de Saúde e de Serviços Humanos dos Estados Unidos, Andrea Palm (Foto: divulgação) Reuniões bilaterais na Itália Nesta quinta (10), além do encontro do G7, Nísia Trindade se reuniu com o ministro da Saúde da Itália, Orazio Schillaci. Na reunião, discutiram temas como as doenças crônicas, ocasião em que a presidência italiana do grupo informou que vai elevar novas soluções como telemedicina que possam melhorar a vida da população. Trindade aproveitou o diálogo para reforçar as posições do Brasil enquanto atual líder do Grupo dos 20 (G20). ‘As prioridades que o Brasil propôs como presidente do G20 esse ano têm muita convergência com o G7 principalmente no que se pensar em saúde global e políticas de uma só saúde’, destacou. Ela também apresentou ao colega os esforços do Brasil para a redução das taxas de mortalidade.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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