Nísia Trindade reafirmou o trabalho do governo na valorização da categoria, essencial na atenção primária e nas equipes multiprofissionais das unidades básicas de saúde, por meio de políticas públicas e desenvolvimento profissional.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, esteve presente na abertura do 26º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (CBCENF), realizado em Recife, na segunda-feira (16). Esse evento é considerado o maior da área da saúde na América Latina e se estenderá até o dia 19 de setembro, abordando temas como os desafios e oportunidades da profissão, além de inovação e desenvolvimento profissional para a categoria.
Enfermagem é uma área em constante evolução, e eventos como esse congresso são fundamentais para discutir as necessidades atuais e futuras da profissão. Durante o evento, enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem terão a oportunidade de se atualizar sobre as últimas tendências e tecnologias, além de compartilhar experiências e conhecimentos. A formação de profissionais qualificados é essencial para a prestação de cuidados de saúde de alta qualidade. Além disso, a presença de parteiras e outros profissionais da saúde também é fundamental para uma discussão abrangente sobre a enfermagem no Brasil.
Enfermagem: A Coluna Vertebral do Sistema Único de Saúde
Mais de 42 mil profissionais de saúde de todos os estados do país participaram do encontro de forma presencial e online, destacando a importância da Enfermagem no contexto da saúde pública. A ministra reafirmou o compromisso do Ministério da Saúde em construir uma agenda de políticas públicas que reconheça e valorize a atuação dos enfermeiros, fundamentais na atenção primária e nas equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde, onde desempenham um papel crucial na prestação de serviços e no atendimento às pessoas e comunidades.
A Enfermagem é a maior categoria profissional no Sistema Único de Saúde (SUS), com 87,27% dos trabalhadores, composta por enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. A categoria é majoritariamente feminina (85,6%), o que reforça a importância de políticas de equidade de gênero, como o Programa Nacional de Equidade de Gênero, Raça, Etnia e Valorização das Trabalhadoras no SUS.
Valorização da Enfermagem: Um Passo em Direção à Equidade
Em maio de 2023, o presidente Lula sancionou lei que concedeu crédito especial de R$ 7,3 bilhões no orçamento do Fundo Nacional de Saúde (FNS) para garantir a estados e municípios o auxílio financeiro complementar para o pagamento do Piso Nacional da Enfermagem. Essa medida visa valorizar a atuação dos enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras, que são fundamentais para a prestação de serviços de saúde de qualidade.
Atualmente, o SUS conta com cerca de 1,21 milhão de profissionais de enfermagem, dos quais 708.876 são técnicos de enfermagem, 346.296 enfermeiros e 155.932 auxiliares de enfermagem. A Enfermagem é a coluna vertebral do SUS, e sua valorização é essencial para a melhoria da saúde pública.
Transparência e Desenvolvimento Profissional
A partir do próximo mês, será disponibilizado um espaço no portal do Fundo Nacional de Saúde (FNS) para que trabalhadores da enfermagem possam acompanhar informações sobre o repasse da Assistência Financeira Complementar (AFC) da União. O sistema permitirá que profissionais verifiquem se seus dados estão devidamente registrados e identifiquem possíveis inconsistências que possam impactar o recebimento do benefício.
Além disso, a Caravana do Piso da Enfermagem, realizada pelo Ministério da Saúde, reuniu mais de 3,5 mil gestores, técnicos e trabalhadores em todo o Brasil para discutir a implementação da AFC. A caravana promoveu o diálogo direto com profissionais de enfermagem e gestores locais, contribuindo para esclarecer dúvidas e fortalecer o entendimento sobre a política de valorização da enfermagem no país.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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