Visitar estados até segundo trimestre para reverter queda de popularidade da equipe presidencial na corrida pelo Planalto.
Em 16 meses desde que começou seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não visitou nove estados, o que tem gerado diferentes interpretações sobre sua estratégia política e popularidade em algumas regiões do país. A pressão para incluir esses estados em sua agenda tem aumentado, especialmente com a proximidade das eleições municipais. Neste segundo trimestre, Lula planeja intensificar suas viagens pelo Brasil, abrangendo todos os estados, inclusive aqueles que ainda não foram contemplados até o momento, buscando consolidar seu apoio e fortalecer sua imagem de líder nacional.
O presidente Lula está ciente da importância da aceitação popular e do prestígio em todas as regiões do Brasil para construir alianças políticas sólidas e garantir apoio nas futuras decisões. Sua agenda política procura equilibrar interesses regionais e nacionais, mostrando sua disposição em dialogar com diferentes setores da sociedade. A inclusão dos estados até então negligenciados em sua programação reflete a estratégia de ampliar sua base eleitoral e fortalecer sua representatividade em todo o país, visando também manter sua popularidade em crescimento constante.
Popularidade de Lula enfrenta desafios em vários estados
Dos nove estados, Lula experimentou uma derrota para Jair Bolsonaro (PL) em quatro deles, incluindo Acre, Goiás, Rondônia e Santa Catarina. Em um cenário onde a equipe presidencial planejou uma viagem do ex-presidente a Santa Catarina, estado que tem como governador o bolsonarista Jorginho Mello (PL), a agenda precisou ser adiada devido a contratempos.
Em meio a uma queda de popularidade do governo, o presidente teve que ajustar sua agenda e adiar compromissos. Para lidar com essa situação, optou por não inovar nas programações, repetindo trajetos já conhecidos, especialmente em estados com tradição eleitoral petista.
No segundo trimestre, Lula intensificou suas atividades pelo país, revisitando estados onde já esteve nos últimos meses, como Rio Grande do Sul, Pará, São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Ceará. A estratégia inicial do Palácio do Planalto era aumentar as agendas internas, plano que se tornou uma prioridade após a queda na aceitação do governo.
Apesar da intenção de visitar todos os estados até o final do primeiro semestre, até o momento, Lula realizou eventos em apenas dois estados que não havia visitado em 2023: Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do país, onde perdeu para Bolsonaro em 2022, e Mato Grosso do Sul, com uma agenda focada no setor do agronegócio.
Com o objetivo de recuperar a popularidade do governo, está previsto que o Planalto anuncie, ao longo de abril, medidas voltadas para a população de baixa renda. Esses novos anúncios também devem abranger iniciativas para expandir o acesso à água em áreas rurais e regularizar assentamentos, visando fortalecer o prestígio do governo diante da corrida pelo Planalto em 2024.
Fonte: @ CNN Brasil
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