No NeoFeed entrevista, biólogo molecular Venki Ramakrishnan critica obssessão de bilionários do Vale do Silício em prolongear a juventude, com termos: busca, prorrogação, prazo de validade, revolução, ciência, envelhecimento, espécies molecularares, manutenção da vida, bactérias, humanos, jornada, incrível, cruzada, anti-idade.
Nós somos a única espécie ciente da própria finitude. A descoberta de que um dia envelheceremos, nós e nossas pessoas queridas, acontece ainda na infância. E a ideia é tão aterradora que a maioria não lembra do momento em que se tornou consciente do envelhecimento. Mas o medo está lá e nos acompanha ao longo da vida.
O envelhecimento é um processo natural que traz consigo reflexões sobre a idade e a passagem do tempo. Enquanto lidamos com os desafios do aging, também temos a oportunidade de valorizar as experiências vividas e as relações construídas ao longo dos anos. Aceitar o envelhecimento como parte da jornada humana pode nos ajudar a encontrar significado e gratidão em cada fase da vida. pela juventude
Explorando o Envelhecimento e a Busca Pela Juventude Eterna
Alguns indivíduos, de forma mais intensa do que outros, anseiam por uma maneira de estender o prazo de validade de suas vidas. E ao longo do tempo, avançamos consideravelmente nesse sentido. A longevidade representa uma das maiores conquistas da humanidade. No início do século 19, atingir a idade de 35 anos já era considerado uma grande realização. Em apenas cento e cinquenta anos, a expectativa de vida dobrou, ultrapassando os 62 anos.
Atualmente, a média global de vida é de 73 anos, enquanto no Brasil gira em torno dos 76 anos. Todo esse progresso se deve à revolução da ciência do envelhecimento. Hoje em dia, é possível desvendar os processos pelos quais nossas células, ao longo do tempo, vão perdendo sua vitalidade até chegarem ao ponto de não mais funcionarem em harmonia, culminando em nossa morte – um ciclo inevitável, apesar dos avanços alcançados.
Mas será que um dia teremos a capacidade de enganar o envelhecimento, as doenças e a morte? E mesmo que tenhamos essa capacidade, será ético fazê-lo? Quais seriam as implicações sociais e éticas de tentar viver muito além dos padrões atuais?
Essas questões são o cerne do mais recente livro do renomado biólogo molecular Venki Ramakrishnan, intitulado ‘Why we die: The new science of aging and the quest for immortality’ (Por que morremos: A nova ciência do envelhecimento e a busca pela imortalidade). Nascido em Chidambaram, na Índia, filho de pais cientistas, o autor anglo-americano, de 72 anos, foi laureado com o Prêmio Nobel de Química em 2009.
Em colaboração com Thomas Steitz e Ada Yonath, Ramakrishnan desvendou a estrutura e a função dos ribossomos, as organelas celulares responsáveis pela produção de proteínas – uma espécie de tijolos moleculares essenciais para a manutenção da vida em todos os organismos, desde as bactérias até os seres humanos.
Ao longo das 320 páginas de ‘Why we die’, Ramakrishnan nos conduz por uma jornada incrível, conforme descrito pelo oncologista e escritor Siddhartha Mukherje. A nova obra explora a biologia molecular do envelhecimento e destaca a importância de compreender as bases das pesquisas sobre o tema, para que o leitor possa discernir entre fatos e exageros.
‘Os seres humanos naturalmente temem o envelhecimento e a morte, e essa ansiedade pode ser explorada economicamente’, afirma o autor em uma entrevista ao NeoFeed. Em uma sociedade obcecada pela juventude, somos constantemente bombardeados com a promessa de que é possível retardar o envelhecimento.
Nos últimos dez anos, foram publicados pelo menos 3 mil artigos científicos sobre o assunto, e cerca de 700 startups receberam vultosos investimentos para descobrir a ‘chave da imortalidade’. Ramakrishnan define como ‘exagero’ as distorções da cruzada anti-idade, liderada em grande parte pelos magnatas da tecnologia – como ele brinca, a maioria composta por ‘homens de meia-idade, muitos deles casados com mulheres mais jovens, que podem comprar tudo, menos a juventude’.
Fonte: @ NEO FEED
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