Prisão faz parte da operação Verum, conduzida pela Delegacia do Consumidor da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que investiga o Laboratório PCS Saleme por irregularidades na doação de órgãos, com apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e Central Estadual de Transplantes.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou uma operação na segunda-feira, 14, e prendeu um dos sócios do Laboratório PCS Saleme, que foi responsável pela emissão de laudos que resultaram no transplante de órgãos infectados com o vírus HIV para seis pacientes. Essa prisão é um passo importante na investigação sobre a contaminação desses pacientes com o HIV.
A investigação revelou que o laboratório emitiu laudos falsos, o que levou à realização de transplantes de órgãos infectados com o vírus da imunodeficiência humana. Os pacientes que receberam esses órgãos agora estão HIV positivo e precisarão de tratamento para o resto da vida. A prisão do sócio do laboratório é um passo importante para responsabilizar aqueles que foram negligentes e colocaram a vida de muitas pessoas em risco.
Investigação sobre Laboratório PCS Saleme
A operação ‘Verum’ da Delegacia do Consumidor da Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando o laboratório PCS Saleme, suspeito de emitir laudos falsos de exames de HIV. A ação faz parte da primeira fase da operação, que inclui 11 mandados de busca e três mandados de prisão. Ao todo, 40 agentes estão participando da operação na capital fluminense e em Nova Iguaçu.
A sede do laboratório em Nova Iguaçu é um dos alvos das investigações, que buscam identificar os responsáveis pela emissão dos laudos. Segundo a polícia, a suspeita é de que haja outros casos envolvendo a empresa. Ainda não há detalhes sobre os demais locais de busca e apreensão e nem a quem são endereçados os outros três mandados de prisão.
O laboratório PCS Saleme é suspeito de ter emitido laudos falsos de exames de HIV (vírus da imunodeficiência humana) em amostras de sangue de doadores de órgãos. A empresa afirma ter utilizado kits de diagnóstico recomendados pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No entanto, a polícia suspeita que os laudos sejam falsos e que os pacientes possam ter sido infectados com o HIV (vírus HIV).
Resposta do Laboratório PCS Saleme
O laboratório PCS Saleme afirmou que informou à Central Estadual de Transplantes os resultados de todos os exames de HIV realizados em amostras de sangue de doadores de órgãos entre 1º de dezembro de 2023 e 12 de setembro de 2024, período em que prestou serviços à fundação. A empresa também afirmou que abriu sindicância interna para apurar as responsabilidades do caso, um episódio ‘sem precedentes na história da empresa’.
O PCS Lab afirmou que dará suporte médico e psicológico aos pacientes infectados com HIV e seus familiares; e reitera que está à disposição das autoridades policiais, sanitárias e de classe que investigam o caso. A empresa também afirmou que está comprometida em colaborar com as autoridades para esclarecer o caso e garantir a segurança dos pacientes.
O secretário de Estado da Polícia Civil, Felipe Curi, afirmou que a polícia conseguiu elementos para representar pelas cautelares junto à Justiça em tempo recorde, para que os culpados sejam punidos com a maior celeridade. A operação ‘Verum’ está investigando o caso e busca identificar os responsáveis pela emissão dos laudos falsos de exames de HIV.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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