Ketleyn, atleta da seleção brasileira, faz história ao conquistar medalha bronze olímpica em Paris 2024, sábado.
Ketleyn Quadros contribuiu para a equipe brasileira conquistar, no último sábado, a medalha de bronze na competição de equipes mistas de judô. Com essa conquista, ela se tornou a primeira atleta do Brasil, tanto entre homens quanto mulheres, a ter 16 anos de diferença entre o primeiro e o segundo pódio olímpico. O bronze em Pequim 2008, aos 20 anos, e o atual, aos 36. – Essa medalha representa a concretização de um sonho.
A judoca brasileira Ketleyn Quadros demonstrou mais uma vez sua excelência no esporte ao contribuir para a conquista da medalha de bronze. Sua trajetória única e dedicada no judô a torna uma inspiração para atletas de todo o país. – A determinação e talento de Ketleyn são admiráveis.
Ketleyn, Quadros: História de uma Judoca Brasileira
Depois da tempestade, vem o sol. Esse é o sentimento desta medalha – disse. O judô do Brasil encerrou sua participação nas Olimpíadas com o melhor resultado da história. Rafael Silva se tornou o judoca mais velho a ir ao pódio.
O caminho para a vaga olímpica foi muito difícil para Ketleyn, Quadros;. Ela não conseguiu a vaga olímpica pelo ranking mundial, em que as 18 primeiras colocadas carimbavam o passaporte. O lugar em Paris foi garantido pelo ranking das Américas, onde ela se destacou como a melhor judoca brasileira entre aquelas que não estavam classificadas para os Jogos.
A primeira Olimpíada da carreira de Ketleyn, Quadros; foi em Pequim 2008, quando, aos 21 anos, conquistou a medalha de bronze na categoria até 57kg. Nos dois ciclos seguintes, não conseguiu a vaga para as Olimpíadas, pois tinha como principal rival no Brasil Rafaela Silva. Para o ciclo olímpico de Tóquio, mudou de categoria, subiu para os 63kg e finalmente garantiu sua vaga. Os Jogos de Paris, portanto, foram os terceiros da sua carreira.
– Eu disputei a vaga para duas Olimpíadas com a Rafaela, por quem tenho muita admiração. Hoje a gente dividiu o pódio na realização do nosso sonho. Uma ajudou a outra a crescer. A gente treina e se espelha, eu tenho um carinho muito grande por ela – disse.
Às vezes as pessoas não sabem o que cada atleta passa. A gente passa por dramas. Tive perdas importantes, abalou as estruturas. Perdi minha vó em janeiro, as pessoas sabem o quanto sou apegada a ela. Depois, em fevereiro, meu cachorro morreu. Mas a gente se transforma em cada competição, e aqui eu tive tempo de me preparar, sem precisar pensar em pontos – disse.
O judô encerrou a campanha nas Olimpíadas com quatro medalhas: uma de ouro, uma de prata e duas de bronze. Veja o quadro de medalhas das Olimpíadas. Siga o canal de esportes olímpicos do ge no WhatsApp!
Fonte: © GE – Globo Esportes
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