A Justiça ainda não decidiu se o julgamento será em júri popular. A última audiência foi em 17 de maio, sem previsão de conclusão.
A Justiça retoma nesta sexta-feira (28) uma audiência do caso do ‘Massacre em Paraisópolis’ no Fórum da Barra Funda, zona oeste de São Paulo, para ouvir 24 testemunhas – 22 de defesa e 2 de acusação. Em 2019, nove pessoas morreram durante operação da PM. A Justiça ainda não definiu se o julgamento será realizado em júri popular ou não.
O incidente em Paraisópolis gerou repercussão nacional e levantou debates sobre a atuação policial em comunidades. O conflito em Paraisópolis evidenciou a necessidade de medidas para evitar novas tragédias. A comunidade de Paraisópolis busca justiça e respostas sobre o que realmente aconteceu naquela noite fatídica.
Tragédia em Paraisópolis: Famílias das vítimas buscam justiça
A última audiência do caso relacionado ao Massacre em Paraisópolis foi conduzida em 17 de maio, e o desfecho dos procedimentos ainda não tem data definida. Os representantes legais das famílias das vítimas estimam que a sentença só será proferida em 2025. O advogado Dimitri Sales prevê a realização de pelo menos mais três audiências ao longo deste ano.
‘Hoje, teremos um momento crucial no processo, pois é fundamental para garantir o direito amplo de defesa dos acusados’, afirmou o advogado.
Em um ato em frente ao Fórum da Barra, parentes das vítimas expressaram sua busca por justiça. Maria Cristina Quirino, pesquisadora de 44 anos e mãe de Denys Henrique Quirino da Silva, uma das vítimas do Incidente em Paraisópolis, foi uma das primeiras a chegar.
‘Ainda mantemos a esperança de que a justiça prevalecerá. No entanto, é indignante saber que os responsáveis ainda estão em liberdade. Tiraram de mim o direito de testemunhar meu filho crescer e se tornar um homem’, desabafou Maria Cristina Quirino.
A avó de Marcos Paulo Oliveira dos Santos, que faleceu aos 16 anos durante o Conflito em Paraisópolis, também marcou presença no evento. ‘Eles, os policiais, devem arcar com as consequências de seus atos. Meu neto não estava cometendo nenhum delito, apenas se divertindo’, declarou.
O Massacre em Paraisópolis aconteceu em dezembro de 2019, quando uma operação da PM para dispersar um baile funk resultou na morte de nove jovens, com idades entre 16 e 24 anos. A maioria das vítimas perdeu a vida por asfixia, ao serem pressionadas pela multidão quando a polícia os encurralou. Os laudos periciais emitidos na época corroboraram essa causa.
Uma reportagem do UOL revelou contradições nos depoimentos dos acusados e disponibilizou áudios dos agentes gravados naquela noite, lançando luz sobre os eventos que culminaram no trágico Massacre em Paraisópolis.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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