Presidente dos EUA ressaltou fortalecimento da capacidade de defesa em reunião do Conselho com discurso sobre produção de armamento.
No começo da reunião do Conselho do Atlântico Norte, hoje, em Washington, o líder dos Estados Unidos reiterou que a Otan está mais robusta do que nunca e enfatizou a necessidade de fortalecer e modernizar a capacidade de defesa das nações. ‘Vamos proteger cada pedaço da Otan e vamos fazer isso juntos’, declarou o presidente.
Em seu discurso, ele ressaltou a importância da aliança e do Tratado do Atlântico Norte para a segurança global. A Organização é fundamental para a cooperação entre os países membros e para a manutenção da estabilidade na região. A Otan continua a desempenhar um papel crucial na defesa coletiva e na promoção da paz e segurança internacionais.
Otan: Aliança do Tratado do Atlântico Norte
Na parte pública da reunião, a que os meios de comunicação tiveram acesso, o presidente norte-americano destacou, no discurso de abertura, que os Estados Unidos estiveram na origem da Otan com o objetivo de ‘criar um escudo’ de proteção idealizado pelo então presidente, Harry Truman. ‘Os nossos países têm crescido e prosperado protegidos por esse escudo da Otan. Hoje somos mais fortes do que nunca’, assinalou Joe Biden, lembrando algumas das conquistas recentes da aliança, nomeadamente a adesão da Suécia e da Finlândia. Um novo ‘eixo do mal’? No contexto da guerra na Ucrânia, o presidente norte-americano sublinhou a necessidade de ‘fortalecer a base industrial’ perante o aumento de produção de armamento por parte da Rússia. Neste momento, a Rússia trilha uma senda de guerra no que toca à produção de Defesa. Acelerou significativamente a produção de armas, munições e veículos, acusou. Esse reforço, apontou Biden, está a ser levado a cabo com a ajuda da China, Coreia do Norte e Irã. Não podemos permitir que a nossa aliança fique atrás deles, vincou. Ainda antes destas palavras de Joe Biden, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg tinha insistido que o esforço de apoio à Ucrânia ‘não é caridade, é do nosso próprio interesse a nível de segurança’. O responsável defendeu ainda o reforço de parcerias para contrariar ‘o crescente alinhamento da Rússia, China, Irão e Coreia do Norte’. O presidente norte-americano assinalou ainda, na sua intervenção, que vários países estão assumindo um compromisso de aumentar a base industrial de defesa, uma contenda que iniciativa ‘vai enviar uma mensagem para o mundo’. ‘Todos os países da Otan empenhados em fazer a sua parte, podem manter a Aliança forte (…) Podemos e vamos defender cada centímetro da Otan, e vamos fazê-lo em conjunto’, asseverou. No caso concreto dos Estados Unidos, Biden assinalou que a sua administração já investiu US$ 30 mil milhões na indústria de Defesa ‘para reiniciar ou expandir a produção em 35 dos nossos Estados’, o que resulta em ‘cadeias de distribuição mais fortes, uma economia mais forte, Forças Armadas mais fortes e uma nação mais forte’, defendeu ainda. Portugal quer alcançar meta até 2029 Na reunião da Cúpula, o primeiro-ministro português anunciou que o governo português irá antecipar para 2029 a meta de gastar dois por cento do PIB em Defesa, um compromisso renovado e reforçado no seio da aliança desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022. Portugal é um dos países que ainda não alcançou esta meta, mas Luís Montenegro adiantou esta quarta-feira que o Governo português tem ‘um plano credível’ para o alcançar, plano esse que já foi formalizado numa carta enviada ao secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg. Este investimento tem por base a componente humana, com a retenção e recrutamento de pessoal nas Forças Armadas portuguesas, assim como o apoio a ex-combatentes. Por outro lado, o executivo português prevê também um investimento em aquisição de equipamento.
Fonte: @ Agencia Brasil
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