Ativistas brasileiras da periferia falam sobre expectativas de que suas demandas sejam ouvidas e colocadas em prática, exercendo pressão política.
A implementação de políticas públicas efetivas depende da participação ativa de todos os setores da sociedade, especialmente daqueles que mais precisam. É nesse contexto que o G20 Social tem um papel fundamental, buscando ampliar a inclusão e a representatividade na tomada de decisão.
A estrutura do G20 Social é pensada para garantir que a voz dos tomadores de decisão comunitários seja ouvida e respeitada. O processo de seleção de propostas é rigoroso e transparente, garantindo que apenas as ideias mais representativas e inovadoras sejam apresentadas. Com a implementação dessas propostas, é possível criar um verdadeiro diálogo entre a sociedade civil e o governo, fortalecendo a democracia e promovendo o desenvolvimento sustentável.
Implementação: O Desafio da Participação Popular no G20 Social
No Rio de Janeiro, a região portuária abriga o Espaço Kobra, onde ocorrem as atividades autogestionadas do G20 Social, criado para garantir a participação popular na cúpula de líderes mundiais.
Participação e Implementação: A Breve Janela de Oportunidade
Durante os dois dias que antecedem o evento principal, grupos de engajamento se reúnem e discutem propostas, mas a grande questão é se elas serão incorporadas e, principalmente, implementadas. A Visão do Corre conversou com lideranças jovens que, apesar de comemorarem a abertura para a voz do povão, sabem que nada está garantido.
Pressão Política e Participação: O Caminho para a Implementação
A pressão política e a efetiva presença periférica nas decisões são fundamentais para garantir a implementação das propostas. Notícias relacionadas: Jovens periféricos sobem o morro em prévia do G20 no RJ. Brasil é um dos países com maior carga de trabalho do G20; confira ranking. G20 deve movimentar quase R$ 600 milhões na economia do Rio de Janeiro.
A participação popular é essencial, mas a implementação é o desafio. ‘A gente não pode entrar numa cortina de fumaça donde a gente não consegue ver, sequer, o andamento das soluções que nós mesmos propomos. A gente precisa que a solução tenha impacto no meu, no seu bairro’, diz Mateus Fernandes, do bairro Santos Dumond, quebrada de Guarulhos. Mateus Fernandes participou do pré-lançamento do Y20, um dos 13 grupos de engajamento que fazem parte do G20 Social.
Demais Demandas: A Pressão Política para a Implementação
Formado em Comunicação, Mateus Fernandes é um jovem líder que leva demandas periféricas a fóruns globais, como o G20 Social. Ele quer garantir que as vozes das favelas brasileiras cheguem aos tomadores de decisão. ‘Se não houver pressão política sobre as propostas do G20 Social, a gente não vai ver implementação. A minha pergunta é: será que vão ouvir e implementar o que está sendo discutido globalmente?’
‘Há formas de participar, mas não é fácil’, reconhece Gaio Jorge, engenheiro de alimentos, participa das discussões climáticas no G20 Social. Ele é de Guadalupe, zona norte do Rio de Janeiro e representa o PerifaLAB, rede de aceleração de lideranças periféricas. Gaio Jorge participou de evento pelo Y20. Ativistas e movimentos sociais vêm se articulando para o G20 há meses.
Periferia e Crise Climática: A Pressão Política para a Implementação
Ele cita um exemplo: ‘Aqui na favela, a gente não admite que gays sejam destratados, mas como é que isso passa com a Arábia Saudita na mesa?’ Ele acredita nas possibilidades de participação periférica, mas se vão executar da forma correta para que aconteça, ele não sabe dizer. Periferia acaba tendo a conta mais pesada da crise climática.
Fonte: @ Terra
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