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A ansiedade e depressão afetam idosos; saiba acolhê-los com redes de apoio e expressão de gênero para promover visibilidade e identidade.
O sentimento de solidão pode ser algo muito presente na vida de muitas pessoas, principalmente em momentos de reflexão e autoconhecimento. A solidão pode surgir de diversas formas, seja pela falta de conexão com outras pessoas ou pela sensação de vazio interior. É importante lembrar que a solidão não necessariamente está ligada à quantidade de pessoas ao nosso redor, mas sim à qualidade das relações que estabelecemos.
Em contrapartida, o isolamento social pode agravar ainda mais a sensação de desamparo e discriminação. Quando nos afastamos do convívio social, podemos nos sentir ainda mais distantes de um senso de pertencimento e acolhimento. Por isso, é fundamental buscar formas saudáveis de lidar com a solidão e evitar cair em um ciclo de isolamento que prejudique nossa saúde mental e bem-estar. Lembre-se sempre de que existem recursos e apoio disponíveis para quem enfrenta esses desafios, e buscar ajuda é um passo importante para superar a solidão.
Solidão na Comunidade LGBTQIAP+ Idosa: Desafios e Reflexões
Apesar dos avanços significativos, como a criminalização da homofobia e o aumento da inclusão e da visibilidade das pessoas LGBTQIAP+ nos meios de comunicação, por exemplo, existem ainda aqueles que permanecem na ‘invisibilidade’ e sofrem com sequelas emocionais geradas pela discriminação que se fazia muito mais presente no Brasil do passado: os idosos.
No contexto da solidão e do isolamento social, a psicóloga clínica Ana Tereza da Silva Marques, especialista em diversidade e consultora da Tree Diversidade, destaca como a falta de reconhecimento de suas identidades e experiências pode levar ao desamparo. A discriminação e a falta de redes de apoio são fatores que agravam a situação de muitas pessoas idosas LGBTQIAP+.
A solidão e a invisibilidade enfrentadas por esses idosos estão intrinsecamente ligadas à falta de aceitação e ao estigma associado à orientação sexual, identidade de gênero e expressão de gênero. Esses desafios são acentuados pelo etarismo e pela escassez de espaços seguros onde possam se expressar autenticamente.
A pesquisa realizada por pesquisadores do Hospital Israelita Albert Einstein e da Universidade de São Paulo (USP) revela que a população LGBTQIAP+ acima de 50 anos enfrenta barreiras significativas de acesso a serviços de saúde. O atendimento humanizado e o acolhimento são essenciais para esse grupo que sofre com a dupla invisibilidade devido à sua idade e orientação sexual.
É importante reconhecer que muitas pessoas idosas LGBTQIAP+ carregam consigo um histórico de trauma e experiências negativas, o que pode contribuir para o distanciamento social como mecanismo de autopreservação. Nesse cenário complexo, a construção de redes de apoio seguras e inclusivas torna-se fundamental para combater a solidão e promover o bem-estar desses indivíduos.
Fonte: @ Minha Vida
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