Um corpo foi arremessado em um poço para contaminar a fonte de água, principal recurso de um grupo de católicos romanos no Castelo de Sverresborg, durante um período de agitação política.
A guerra sempre esteve presente na história humana, marcando a existência de povos e nações ao longo dos séculos. Embora a ideia de honra e glória seja frequentemente associada à guerra, é fato que os povos antigos eram capazes de usar métodos não convencionais durante os conflitos. Além de armas e táticas militares tradicionais, a guerra também pode ter um componente mais sombrio, como o uso de ‘armas biológicas’ para conquistar os inimigos.
Um estudo recente trouxe à luz a possibilidade de que os invasores teriam usado uma ‘arma biológica’ durante a disputa pelo poder na Noruega. Isso não é uma novidade em termos de conflitos, mas sim um exemplo de como a guerra pode ser cruel e desumana. Os conflitos, muitas vezes, são marcados por um clima de medo e desconfiança, e o uso de armas biológicas é um exemplo extremo disso. É importante lembrar que a guerra não é apenas um ataque físico, mas também uma questão de poder e controle. O uso de armas biológicas é uma ameaça ao equilíbrio e à segurança de todas as nações, e é preciso que as nações promovam a cooperação e a paz para evitar esses conflitos desnecessários.
Guerra e Conflitos na Noruega do Século XII
Mais de 800 anos atrás, um ataque sanguinário foi relatado em um épico nórdico, revelando a crueldade dos invasores que visavam envenenar a principal fonte de água do local. Esse episódio foi descrito em Sverris Saga, a história do rei Sverre Sigurdsson, que ocorreu durante o século XII.
A história conta que, em 1197 d.C., o rei Sverre estava em Bergen quando um grupo de católicos romanos, uma das facções que disputavam o poder nas guerras civis norueguesas, lançou um ataque contra a fortaleza no Castelo de Sverresborg, perto de Trondheim, na Noruega. Eles entraram por uma porta secreta e começaram a queimar e saquear as casas. Para aumentar os danos, jogaram o corpo do homem no poço na tentativa de envenenar a principal fonte de água do local.
Essa feroz invasão ocorreu durante um período de agitação política significativa e Sverre acreditava que tinha direito ao trono, apesar de ter a oposição do arcebispo da região. Essa tensão política desembocou em conflitos sangrentos e violência generalizada.
As análises revelaram que o corpo do homem foi jogado no poço como parte de um ataque durante a guerra. O indivíduo tinha entre 30 e 40 anos, olhos azuis, cabelos castanhos claros ou loiros, e seus ancestrais vieram de onde fica a atual Vest-Agder, no sul da Noruega.
Os pesquisadores acreditam que o corpo tenha sido jogado no local como forma de ‘envenenar’ a água da população, o que significaria que os noruegueses lançaram uma ‘arma biológica‘ durante o seu ataque. Este estudo foi publicado na revista iScience e revela informações sobre o homem misterioso que foi encontrado em um poço no Castelo de Sverresborg durante a guerra antiga.
A fonte de água do local foi um alvo importante para os invasores, e a decisão de jogar o corpo do homem no poço foi uma tática cruel para afetar a saúde da população. A história de Sverris Saga descreve a guerra civil norueguesa e as consequências devastadoras que ela teve.
A datação por radiocarbono e as tecnologias avançadas de sequenciamento de genes permitiram que os pesquisadores revelassem segredos sobre o indivíduo encontrado no poço. A descoberta foi um mistério que foi resolvido após anos de análises.
Fonte: @Olhar Digital
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