Pavel Durov foi liberado após pagar R$ 30 milhões de fiança, sob denúncias de transações ilícitas. Deve se apresentar duas vezes por semana na delegacia.
O criador do Telegram, Pavel Durov, enfrentou acusações em todas as 12 denúncias feitas pelo Ministério Público da França. O empreendedor foi impedido de sair do solo francês até que o processo seja finalizado. Durov foi solto na quarta-feira (28) após pagar 5 milhões de euros (R$ 30 milhões), conforme informações da agência AP e do jornal Le Monde.
O fundador do Telegram, Pavel Durov, teve que lidar com todas as 12 acusações feitas pela promotoria francesa. O empresário foi proibido de deixar a França durante o andamento do julgamento. Durov foi liberado após pagar 5 milhões de euros (R$ 30 milhões) nesta quarta-feira (28), de acordo com a agência AP e o jornal Le Monde. A situação foi resolvida de forma rápida e eficaz.
Durov: Fundador do Telegram Enfrenta Denúncias em Promotoria
Enquanto permanece em liberdade e o processo segue em andamento, o bilionário terá a obrigação de se apresentar em uma delegacia duas vezes por semana. Uma das acusações apresentadas em promotoria aponta o executivo como cúmplice por permitir transações ilícitas no Telegram, o que poderia resultar em uma pena de 10 anos de prisão e multa de 500 mil euros (R$ 3 milhões), conforme a promotoria.
Durov foi detido no último sábado (24) sob a alegação de que o Telegram se recusa a colaborar com investigações, o que contribui para a prática de crimes como abuso sexual infantil e fraude dentro da plataforma. O Telegram negou qualquer irregularidade em um comunicado divulgado no aplicativo.
A promotora Laure Beccuau questionou Durov antes da decisão da Justiça, destacando a recusa do executivo em fornecer as informações necessárias para diligências autorizadas por lei. A prisão de Durov foi determinada no âmbito de uma investigação iniciada em 8 de julho, como continuidade de apurações anteriores realizadas por agentes da jurisdição de combate ao crime organizado na França, conhecida como Junalco.
Essa investigação, conduzida pelo Centro de Combate ao Crime Digital (C3N) e o Escritório Nacional Antifraude (Onaf), lista 12 crimes, incluindo cumplicidade por administrar uma plataforma online que facilita transações ilegais realizadas por quadrilhas e recusa em fornecer informações solicitadas pelas autoridades competentes.
O presidente francês, Emmanuel Macron, negou qualquer motivação política por trás da prisão, afirmando que se trata de um inquérito judicial legítimo. Macron reiterou a importância de exercer as liberdades dentro da lei para proteger os cidadãos e respeitar seus direitos fundamentais, refutando informações falsas disseminadas sobre a prisão de Durov.
O Telegram reafirmou seu compromisso em cumprir as leis da União Europeia e declarou que Durov não tem nada a esconder. A plataforma enfatizou que é absurdo insinuar que tanto a plataforma quanto seu proprietário estão envolvidos em atividades ilícitas.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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