Bruno Fernandes foi condenado a mais de 20 anos de prisão pelo assassinato de uma modelo em 2013, mas está em liberdade condicional, exemplificando a cultura de violência contra mulheres e a necessidade de aplicação da Lei do Feminicídio em crimes hediondos.
O feminicídio é um crime que choca a sociedade brasileira, e o caso de Eliza Samudio é um exemplo trágico disso. A violência contra as mulheres é um problema grave no Brasil, e o feminicídio é uma das suas formas mais extremas. O assassinato de uma mulher em razão de seu gênero é um crime que reflete a cultura de desigualdade e discriminação que ainda prevalece em nosso país.
O caso de Eliza Samudio é um exemplo de como a cultura de violência contra as mulheres pode levar a um homicídio brutal e premeditado. A morte violenta de Eliza Samudio chocou a opinião pública e levantou questões importantes sobre a forma como a sociedade brasileira trata as mulheres. O feminicídio é um crime que precisa ser combatido com urgência, e é fundamental que sejam tomadas medidas para prevenir a violência contra as mulheres e proteger seus direitos. A luta contra o feminicídio é uma luta pela igualdade e pela justiça.
O que é feminicídio?
O feminicídio é o assassinato de uma mulher em razão de seu gênero, ou seja, pelo fato de ser mulher. No Brasil, a Lei do Feminicídio (Lei 13.104/15) estabelece o feminicídio como circunstância qualificadora do crime de homicídio e o coloca na lista de crimes hediondos. Dessa forma, enquanto a pena para o crime de homicídio simples varia entre 6 e 20 anos, para o feminicídio é de 12 a 30 anos.
O feminicídio é resultado de uma cultura de violência que perpetua a desumanização e a objetificação das mulheres, criando um ambiente propício para que atos de agressão e até homicídio ocorram. A história da modelo Eliza Samudio, morta pelo ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza, ilustra essa sequência de violências que podem culminar no feminicídio.
O caso de Eliza Samudio
Eliza Samudio e o goleiro Bruno se conheceram em 2009 durante uma festa no Rio de Janeiro. Eles tiveram relações sexuais e, um tempo depois, ela descobriu que estava grávida do atleta. Segundo investigações, Eliza contou ao então goleiro do Flamengo da gravidez e ele a forçou a abortar, mas Eliza não fez isso.
Denunciou Bruno e seus amigos por sequestro, agressão e ameaça. Em outubro, ela procurou a polícia para registrar um boletim de ocorrência contra Bruno e dois amigos dele, que ameaçaram matá-la caso ela não fizesse o aborto. Segundo seu depoimento na época, Bruno ainda a teria mantido em cárcere privado e a agredido fisicamente. Além disso, ele teria forçado Eliza a ingerir substâncias abortivas.
Eliza fez um teste de urina na época, que confirmou a presença de substâncias químicas abortivas. No entanto, as autoridades levaram cerca de oito meses para fazer a análise – o resultado saiu quando ela já estava morta. Pediu medida protetiva e o recurso negado. Após registrar a ocorrência, Eliza também pediu uma medida protetiva de urgência, o que foi negado por uma juíza da vara especializada de violência doméstica.
A juíza argumentou que a Lei Maria da Penha não se aplicava ao caso de Eliza, uma vez que ela não tinha uma ‘relação afetiva estável’ com o agressor. Ela pediu o reconhecimento de paternidade. O filho de Eliza nasceu em fevereiro de 2010, época em que estava morando em São Paulo na casa de amigas. Após o nascimento da criança, ela entrou com uma ação para que Bruno reconhecesse a paternidade.
Foi sequestrada pelos comparsas dele. Segundo investigações, Eliza foi sequestrada pelos comparsas de Bruno e levada para uma propriedade rural em Minas Gerais, onde foi morta. O corpo de Eliza foi encontrado em uma cova rasa em uma propriedade rural em Minas Gerais. O caso chocou o Brasil e levou à condenação de Bruno e seus comparsas por feminicídio.
A importância da conscientização sobre o feminicídio
O caso de Eliza Samudio é um exemplo trágico do que pode acontecer quando a violência contra as mulheres não é levada a sério. O feminicídio é um crime hediondo que pode ser prevenido com a conscientização e a mudança de comportamento. É importante que as autoridades e a sociedade como um todo tomem medidas para prevenir a violência contra as mulheres e proteger as vítimas de agressão.
A Lei do Feminicídio é um passo importante nessa direção, mas é necessário mais esforço para combater a cultura de violência que perpetua o feminicídio. A conscientização sobre o feminicídio e a importância de proteger as mulheres é fundamental para criar um ambiente propício para que as vítimas de agressão se sintam seguras em denunciar os agressores e buscar ajuda.
Fonte: @ Nos
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