Startup de social commerce avaliada em US$ 1,1 bilhão tenta minimizar perda de investidores com créditos fiscais e imposto de renda no mercado restrito de venture capital.
A Facily, uma empresa que já foi considerada um ex-unicórnio, mas que encolheu de tamanho, pode estar prestes a encerrar suas atividades. A Facily, que já foi avaliada em US$ 1,1 bilhão, está em processo de venda. Segundo fontes próximas ao assunto, a companhia contratou o banco BR Partners para intermediar a negociação.
A Facily, que já foi uma das startups mais promissoras do mercado, agora enfrenta um futuro incerto. A venda da empresa pode ser um passo necessário para evitar uma crise financeira mais profunda. A Facily, que já foi avaliada em US$ 1,1 bilhão, agora busca um novo dono que possa ajudá-la a se recuperar. A companhia, que já foi considerada uma das mais inovadoras do mercado, agora precisa de um novo impulso para voltar a crescer.
A Busca por um Comprador para a Facily
A Facily, uma startup de social commerce, está enfrentando um desafio significativo em encontrar um comprador para a empresa. Com investidores globais como Tiger Global, Prosus, Founders Fund, Quona Capital, Alter Global, Luxor Capital, além das gestoras brasileiras Canary e Monashees, a Facily recebeu US$ 502 milhões em investimentos. No entanto, a empresa nunca foi lucrativa e agora está procurando por uma solução para minimizar os prejuízos.
Os investidores acreditam que os créditos fiscais da Facily, estimados entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão, podem ser uma moeda de troca atraente para um comprador. Além disso, a empresa pode usar o fato de nunca ter sido lucrativa para abater imposto de renda. No entanto, tributaristas consultados pelo NeoFeed consideram improvável que esses créditos fiscais sejam utilizados devido às restrições desse tipo de transação.
Restrições e Desafios
‘Nessas operações, não pode haver mudança de controle, nem mudança de atividade. Além disso, a empresa com prejuízo precisa ser a adquirente. É um mercado bastante restrito’, explica um tributarista. A Facily tem uma base de mais de 20 milhões de clientes, embora boa parte deles não esteja ativo, e uma plataforma de social commerce que poderia interessar a alguma empresa.
O BR Partners está na fase inicial de análise da Facily e fazendo uma due dillegence para entender os números e quais os ativos que poderiam ser vendidos. No entanto, o banco de investimento não saiu a mercado para prospectar possíveis compradores e nem estabeleceu valores que poderiam ser negociados.
Um Símbolo da Exuberância do Mercado de Venture Capital
A Facily é um dos símbolos da exuberância do mercado de venture capital nos anos 2020 e 2021, em que a alta liquidez fez com que dinheiro fácil abastecesse muitas startups que não tinham modelos de negócios consistentes. A Monashees, uma das investidoras da Facily, já deu baixa contábil no ativo, o que significa que a gestora de venture capital não tem mais esperança em recuperar o dinheiro investido.
Fundada em 2018 por Diego Dzodan, Vitor Zaninotto e Luciano Freitas, a Facily tem um longo histórico de problemas. No início de 2022, logo após concluir a rodada série D e captar US$ 135 milhões, a empresa de social commerce deu início a uma longa e profunda reestruturação. Em seis meses, o dinheiro captado para reforçar a operação logística entrou para a queima de caixa. Naquele momento, cerca de 30% da base de 860 funcionários foi demitida.
Fonte: @ NEO FEED
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