Paul Whelan foi detido em Moscou em dezembro de 2018 sob acusação de espionagem, em uma colônia penal remota e sombria.
Paul Whelan, cidadão dos Estados Unidos, está enfrentando um longo período de prisão na Rússia, atingindo mais de dois mil dias em prisão russa nesta semana.
Além disso, a situação de Whelan, que está detido na Rússia, levanta preocupações sobre os direitos humanos e as condições de custódia no país.
Prisão: Uma Marca Sombria
À CNN, ele mencionou que ‘é apenas uma quantidade incrível de tempo’ para passar em custódia ‘por um crime que nunca ocorreu’. Whelan pediu ao governo Biden que tome ‘ação decisiva’ para trazê-lo e ao também detido jornalista americano Evan Gershkovich de volta para casa. Quando se considera dois mil dias, quanto tempo isso realmente representa, quantos anos, quantos meses, é um número incrível, afirmou Whelan, que entrou em contato exclusivamente com a CNN na sexta-feira (21) de sua remota colônia penal em Mordóvia, Rússia. ‘Você vai para a universidade para obter um diploma de bacharelado – são quatro anos. Geralmente, você está no ensino médio por três ou quatro anos. Até mesmo pessoas que entram para o exército, servem quatro anos. Então, quando você pensa em cinco anos e meio, é apenas uma quantidade incrível de tempo’, acrescentou ele.
Detenção: Uma Realidade Dura
Paul Whelan, que foi declarado injustamente detido pelo Departamento de Estado dos EUA, foi detido em Moscou em dezembro de 2018 e sentenciado a 16 anos de prisão em 2020 por acusações de espionagem que negou consistentemente. Embora ele acredite que o governo dos EUA tenha tratado seu caso com seriedade, o ex-fuzileiro naval expressou à CNN o desejo de que isso seja levado ‘mais a sério’. ‘Uma ação decisiva deveria ser tomada’, afirmou Whelan. ‘Os EUA precisam agir – encher a Baía de Guantánamo com funcionários russos, prender espiões russos, fazer algo que faça o Kremlin se sentar e prestar atenção e dizer: ‘Ok, sim, agora está na hora de recuperarmos o Evan e o Paul, e depois queremos de volta o que vocês têm de nós, e daremos isso por encerrado’, descreveu. ‘Até que uma ação decisiva seja tomada, até que haja uma resposta forte a esse tipo de comportamento, eles continuarão detendo pessoas como Trevor (Reed) e Brittney (Griner) e Evan e outros’, disse ele.
Detido: Uma Luta Contínua
Uma série de outros americanos – Gordon Black, Alsu Kurmasheva e Ksenia Karelina – foram detidos nos últimos meses, mas não foram designados como detidos injustamente pelo Departamento de Estado dos EUA. Whelan mencionou que está ciente de que o julgamento de Gershkovich está agendado para começar atrás de portas fechadas na cidade russa de Ecaterimburgo na próxima semana. Gershkovich, que foi declarado detido injustamente, também foi acusado de espionagem, o que ele nega. Whelan especulou que ‘pode ser um marco importante em seu caso, assim como no meu’, porque ‘os russos geralmente buscam condenações nesses casos, para poderem reivindicar legitimidade, independentemente dos fatos’. ‘As pessoas aqui não falam em julgamento. Não falam em buscar justiça. Falam em conseguir uma sentença, serão condenadas. E é isso. Não há nenhum sistema de justiça criminal aqui. Não há sistema judicial. É.
Fonte: @ CNN Brasil
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