Defesa da executiva negou proteção de bens, justificando como planejamento sucessório. Escândalo contábil envolve Americanas em fraude fiscal.
Anna Christina Ramos Saicali, ex-diretora das Americanas — atualmente procurada pela Polícia Federal e considerada foragida pela Justiça — transferiu para seu filho uma empresa com patrimônio de R$ 13 milhões aproximadamente 20 dias antes da revelação do escândalo contábil da varejista, em 11 de janeiro de 2023. A notícia foi divulgada pelo Jornal do Brasil.
A transferência de patrimônio feita por Anna Christina Ramos Saicali, ex-diretora das Americanas, para seu filho levantou suspeitas sobre as práticas da executiva no varejo. A situação chama atenção para a importância da transparência e integridade nas operações das empresas do setor varejista, especialmente em casos de grande repercussão como este.
Americanas: Revelação de Escândalo Contábil e Fraude Fiscal na Empresa
No ano passado, Paulo testemunhou a investigação da PF sobre a executiva da Americanas. Entretanto, a nova gestão da varejista já havia identificado Saicali como uma participante da fraude fiscal na empresa, juntamente com o ex-CEO Miguel Gutierrez e outros diretores.
Na quinta-feira (27), a PF deflagrou uma operação contra os executivos, com mandados de prisão para Saicali e Gutierrez, que fugiram do país no ano anterior. Segundo a PF, os nomes dos dois serão adicionados à lista vermelha de procurados da Interpol.
Saicali ocupava um cargo na diretoria estatutária da Americanas quando transferiu seus bens para o filho. No entanto, foi afastada juntamente com outros diretores após a revelação da fraude na empresa.
A defesa da ex-executiva, contatada pela Folha no ano passado para comentar a transferência dos bens, negou que a intenção fosse proteger o patrimônio de possíveis medidas decorrentes das investigações, como uma eventual penhora de bens. O advogado de Saicali afirmou na época que se tratava de um planejamento sucessório por questões de saúde.
A empresa transferida para o filho de Saicali foi fundada em junho de 2018, de acordo com documentos analisados pela Folha. Com o nome Taboca Ventures Participações, foi estabelecida com um capital social inicial de R$ 800 mil. Ao longo dos anos, a executiva aumentou gradualmente seu patrimônio.
Além da transferência das cotas da Taboca para o filho, Saicali também incluiu dois imóveis no contrato da empresa, um terreno em São José do Rio Preto (SP) e uma fazenda, avaliados em R$ 2 milhões e R$ 800 mil, respectivamente.
Fonte: @ Info Money
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