Investigadores identificaram ondas quentes extremas associadas a riscos de admissões hospitalares em crianças asmáticas (19% maior), períodos históricos de dias quentes suscetíveis, populações vulneráveis.
Uma pesquisa conduzida por acadêmicos da USP (Universidade de São Paulo) revelou que as ondas quente podem resultar em um crescimento significativo na procura por atendimento médico devido a complicações respiratórias em crianças.
Os resultados do estudo apontaram que as temperaturas altas estão diretamente associadas ao aumento das internações pediátricas, evidenciando a importância de medidas preventivas durante períodos de ondas quente para evitar impactos negativos na saúde das crianças.
Ondas de calor: impacto nas visitas hospitalares por asma em crianças
As ondas quente de calor são um fenômeno climático que tem preocupado especialistas da área da saúde, especialmente quando se trata de crianças susceptíveis a complicações respiratórias, como a asma. Estudos recentes, como o apresentado na Conferência Internacional da American Thoracic Society, destacam a relação entre as altas temperaturas e o aumento nas visitas hospitalares por crises asmáticas.
A asma, uma doença respiratória crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, é caracterizada por sintomas como chiado no peito, dificuldade para respirar e respiração curta e rápida. Agravada por fatores como alérgenos, poluição e mudanças climáticas, a asma pode ter seus sintomas exacerbados durante períodos de calor extremo.
Pesquisadores analisaram dados de saúde de hospitais pediátricos, como os Hospitais Infantis Benioff da UCSF, e identificaram uma associação significativa entre ondas de calor diurnas e o aumento das visitas hospitalares por asma em crianças. O estudo revelou que as ondas de calor prolongadas podem dobrar as chances de idas ao hospital devido a crises asmáticas, especialmente durante o dia.
Com o aumento das temperaturas globais e a previsão de ondas de calor mais frequentes e severas, é essencial compreender os riscos para a saúde associados ao calor, especialmente para populações mais suscetíveis, como crianças e famílias com menor capacidade de adaptação. A pesquisa destaca a importância de estratégias de vigilância e intervenções direcionadas para minimizar o impacto das ondas quente de calor na saúde respiratória da população.
Segundo Morgan Ye, analista de dados da UCSF, as altas temperaturas e a prolongação dos dias de elevado calor estão diretamente ligadas ao aumento do risco de visitas hospitalares por asma em crianças. A pesquisa reforça a necessidade de medidas preventivas e educativas para proteger as crianças durante períodos de calor extremo, visando reduzir o número de hospitalizações e complicações de saúde relacionadas à asma.
Fonte: © CNN Brasil
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