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Papéis prefixados se distanciam dos 12% com vencimento em 2031, devido a pressões inflacionárias e impacto no retorno real do Produto Interno Bruto.
Ontem foi dia de subida, hoje dia de descida. Assim começou o mês de junho para os títulos, com maior instabilidade nesta terça-feira (4). Entre os principais acontecimentos do dia, os papéis prefixados se distanciam um pouco mais dos 12% — após quase atingir o novo nível brevemente na sessão anterior.
No segundo parágrafo, vale ressaltar a importância do Tesouro Direto como opção de investimento acessível para muitos brasileiros. Com a variação dos títulos públicos, é fundamental estar atento às oportunidades que o mercado oferece. Além disso, a diversificação da carteira de investimentos pode ser uma estratégia interessante para lidar com momentos de volatilidade.
Títulos Públicos: Variações nos Rendimentos e Recomendações de Investimento
O papel com vencimento em 2031, que anteriormente apresentava rendimento de 11,96%, agora registra uma taxa de 11,90% ao ano por volta do meio-dia. Simultaneamente, os títulos vinculados à inflação também sofrem queda. O título de prazo mais curto, com vencimento em 2029, proporciona um retorno real de 6,13% ao ano, ligeiramente abaixo dos 6,16% da sessão anterior.
À primeira vista, a diferença de 0,03 ponto percentual pode parecer insignificante. Entretanto, ao longo do período até o vencimento, essa diminuição se torna mais relevante. Diante desse cenário, a orientação é clara: para investidores que já possuem papéis públicos em suas carteiras, a recomendação é evitar a venda e manter os títulos até o vencimento acordado no momento da aquisição, a fim de evitar contratempos em períodos de volatilidade.
Hoje, os dados referentes ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, principal indicador do crescimento econômico, revelaram um avanço de 0,8% no primeiro trimestre de 2024 em comparação com o último trimestre de 2023, conforme divulgado pelo IBGE. Este resultado superou as expectativas do mercado.
O que isso implica para os títulos públicos? Um PIB robusto pode ser interpretado como um sinal de possíveis pressões inflacionárias adicionais e, consequentemente, de taxas de juros mais elevadas no futuro. Teoricamente, isso deveria impulsionar as taxas para cima, porém, os papéis também são impactados pelos indicadores externos.
Por outro lado, o número de vagas de emprego disponíveis na economia dos Estados Unidos apresentou queda em abril, conforme os dados divulgados hoje. O Jolts, como é conhecido, ficou aquém das projeções dos analistas. Esse indicador revela se as restrições financeiras impostas pelo Federal Reserve dos EUA estão criando obstáculos para a economia real, o que influencia diretamente nos títulos americanos, que também registram queda significativa devido à expectativa de que esses números possam afetar as decisões futuras do Fed.
É importante ressaltar que as taxas e os preços dos títulos têm uma relação inversamente proporcional. Isso significa que, tanto nos papéis prefixados quanto nos indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor será o preço, e vice-versa. Portanto, quando as taxas aumentam, embora isso seja positivo para futuros investidores, garantindo maior rentabilidade se mantida a aplicação até o vencimento, o valor de mercado dos títulos diminui, acarretando em perdas temporárias para os detentores desses ativos.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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