Maduro promulgou Lei Orgânica que cria província da Venezuela em território reclamado. Presidente acusa Comando Sul de preparar escalada territorial.
Essequibo é uma região bastante importante e disputada entre a Venezuela e a Guiana. Segundo o presidente Nicolás Maduro, os Estados Unidos instalaram bases militares secretas nessa área controversa.
Essa região rica em petróleo tem sido alvo de tensões e conflitos há anos. Nicolás Maduro acusa os Estados Unidos de interferência nessa área disputada.
Maduro denuncia instalação de bases militares secretas em Guiana Essequiba
‘Temos informação comprovada de que, no território de Guiana Essequiba, administrado temporariamente pela Guiana, instalaram bases militares secretas do Comando Sul, núcleos do Comando Sul e núcleos da CIA’, disse o presidente venezuelano.
Segundo Maduro, as bases foram concebidas ‘para preparar agressões às populações do sul e do oriente da Venezuela, e para se preparar em uma escalada contra a Venezuela’.
Maduro promulgou, nesta quarta, a Lei Orgânica para a Defesa da Guiana Essequiba. O texto foi redigido depois de um referendo, realizado em dezembro de 2023, para ratificar a soberania sobre o território reclamado pela Venezuela há mais de um século. A lei contemplava a criação do estado de Guiana Essequiba, que deve ser governado da cidade de Tumeremo.
O município fica no estado venezuelano de Bolívar, a cerca de 100 quilômetros de Essequibo. ‘O presidente Irfaan [Ali] não governa a Guiana. A Guiana é governada pelo Comando Sul, a CIA e a ExxonMobil, e não estou exagerando. Controlam o Congresso, dois partidos que fazem maioria, governo e oposição, controlam totalmente as forças de defesa guianesas, as forças policiais’, disse Maduro.
Após a aprovação da lei, em 21 de março, a Guiana expressou ‘grave preocupação’ ao considerar que incorre em uma ‘violação flagrante de sua soberania’. A disputa centenária pelo Essequibo recrudesceu em 2015, após a descoberta de reservas petrolíferas pela companhia americana ExxonMobil. As tensões, que suscitaram preocupação regional por uma eventual escalada, se acentuaram após o referendo.
Duas semanas depois da consulta, os presidentes Ali e Maduro se reuniram em um primeiro tête-à-tête, no qual ambos os governos concordaram em não realizar ameaças, nem utilizar a força para resolver a disputa.
Em março deste ano, Maduro e Ali participaram de um encontro da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) em São Vicente e Granadinas, onde o venezuelano insistiu em uma ‘solução pacífica’.
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Maduro denuncia novas evidências de bases militares secretas em Guiana Essequiba
Maduro afirmou ter provas concretas da presença de bases militares secretas do Comando Sul na região contestada de Guiana Essequiba. Ele destacou ainda a instalação de núcleos da CIA, ressaltando que tais ações visam agredir as populações venezuelanas. O presidente venezuelano alertou para uma possível escalada contra seu país proveniente dessas bases.
Em um movimento de defesa, Maduro promulgou a Lei Orgânica para a Defesa da Guiana Essequiba, após um referendo que confirmou a soberania venezuelana sobre o território disputado. A legislação prevê a criação do estado de Guiana Essequiba, com sede em Tumeremo, localizado a aproximadamente 100 quilômetros da região rica de Essequibo, no estado de Bolívar.
Durante suas declarações, Maduro criticou a suposta influência do Comando Sul, CIA e ExxonMobil na governança da Guiana, acusando-os de controlar as forças guianesas. Essas ações, segundo ele, comprometem a soberania do país. Após a aprovação da lei, a Guiana expressou sua objeção, considerando-a uma violação de sua soberania.
A tensão na área territorial reclamada se agravou em 2015, quando reservas de petróleo foram descobertas pela ExxonMobil. Essa descoberta desencadeou preocupações regionais devido a uma possível escalada no conflito. Após o referendo, os presidentes Maduro e Ali se comprometeram em buscar uma solução pacífica, evitando o uso da força.
Em um encontro da Celac, Maduro reiterou sua defesa por uma solução pacífica para a contenda territorial em Guiana Essequiba. As negociações entre os países envolvidos continuam em busca de uma resolução diplomática para o impasse.
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Fonte: © G1 – Globo Mundo
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