Gestores públicos discutem respostas à arboviroses, enfrentamento da epidemia e determinantes de saúde em encontro do Ministério da Saúde.
A disseminação da dengue é uma preocupação global, afetando a saúde de milhões de pessoas em diversos países. Em várias regiões, como na América Latina, a dengue representa um desafio constante para os sistemas de saúde, exigindo ações preventivas e de combate ao mosquito transmissor.
A prevenção da dengue é essencial para conter a propagação dessa doença transmitida pelo Aedes aegypti. O combate efetivo às arboviroses requer o envolvimento de toda a comunidade em ações de eliminação de criadouros do mosquito, uso de repelentes e cuidados com a higiene ambiental.É fundamental monitorar os sintomas da dengue e buscar assistência médica ao primeiro sinal de alerta.
Debates sobre a Dengue e a Atuação dos Gestores Públicos
Com o panorama global e local da dengue em destaque, analisar as ações dos gestores públicos no enfrentamento da epidemia foi o cerne do colóquio intitulado ‘Avanços e Perspectivas no Enfrentamento à Dengue’, realizado recentemente. O evento aconteceu na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em Brasília, reunindo especialistas brasileiros em arboviroses e representantes da Opas e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Na ocasião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, trouxe atualizações sobre o cenário epidemiológico da doença no país, destacando as principais medidas de prevenção e controle. As mesas de debates abordaram tanto o panorama epidemiológico da enfermidade quanto estratégias para lidar com a epidemia.
Um ponto relevante levantado pelo pesquisador Rivaldo Venâncio da Cunha foi a necessidade de compreender que responsabilizar exclusivamente os gestores de saúde pelas epidemias de dengue é simplista. Segundo o especialista, as epidemias têm sido recorrentes no Brasil há décadas, o que demanda um esforço conjunto de gestores públicos, profissionais da saúde e sociedade para lidar efetivamente com a doença.
Outra questão abordada foi a persistência do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, mesmo diante dos avanços científicos. Socorro Gross, representante da Opas, ressaltou a influência dos determinantes de saúde e sociais nesse cenário, apontando desafios como as mudanças climáticas, a urbanização desordenada e as desigualdades sociais.
Durante a tarde, houve relatos das experiências de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Ceará no combate à dengue, evidenciando a complexidade de enfrentar a resiliência do Aedes Aegypti. Especialistas e pesquisadores destacaram a necessidade de compreender e lidar com a adaptação e reprodução do mosquito, desafiando as estratégias de controle existentes.
Ao final do colóquio, os representantes da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente mencionaram a intenção de promover novos encontros para a troca de experiências e aprimoramento das estratégias de enfrentamento da dengue. Esta iniciativa reflete a importância de uma abordagem colaborativa e multifacetada no combate a essa importante arbovirose.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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