Infecções comuns em águas de enchentes: dengue, diarreias. Mosquitos proliferação. Graves transmissões: aglomações. Mucosas, meningite, letalidade. Situações semelhantes: ferimentos, disseminação.
Além das tristes estatísticas de 200 feridos e 120 pessoas desaparecidas após as inundações em São Paulo, divulgadas nesta sexta-feira 17, pela Defesa Civil do estado, e a visão da tragédia com ruas alagadas e carros destruídos por todo lugar, a população paulista ainda tem que se preocupar com mais um grande problema trazido pelas enchentes: a possibilidade de aumento significativo de doenças como gripe, conjuntivite, infecções de pele, alergias, sinusite, otite e até pneumonia, que registra um aumento nos casos nos últimos meses, com 10 milhões de infectados e 5.000 óbitos só neste ano, segundo o Boletim Epidemiológico, do Ministério da Saúde.
Enquanto a reconstrução das áreas afetadas pelas enchentes é urgente, é crucial também cuidar da saúde da população para prevenir a propagação de enfermidades e garantir o bem-estar de todos. A conscientização sobre medidas de higiene, vacinação e cuidados médicos é essencial para evitar surtos de doenças e proteger a comunidade de novos desafios de saúde pública.
Impacto das Doenças em Situações de Enchentes e Calamidades
As enfermidades são um risco sério em cenários de tragédias naturais, como enchentes e calamidades. A exposição a águas contaminadas, a falta de saneamento básico e água potável, a ingestão de alimentos sem higiene adequada e a presença de mosquitos transmissores de doenças são fatores que aumentam significativamente o perigo de doenças graves nessas situações.
A transmissão e disseminação de doenças em decorrência de enchentes podem ocorrer de diversas formas, como por ingestão de água e alimentos contaminados, contato direto ou picadas de mosquitos. Doenças como diarreias, febre tifoide e hepatite A são comuns em locais afetados por enchentes, representando um desafio para a saúde das pessoas vulneráveis, como crianças, idosos, gestantes e portadores de doenças crônicas.
As enfermidades por contato, como a leptospirose, merecem atenção especial em situações de calamidade. Transmitida pela urina de ratos, essa doença se dissemina em águas de enchentes e pode entrar no organismo por meio de ferimentos ou mucosas, levando a sintomas graves como dores no corpo, febre, cansaço, vermelhidão na pele, náuseas e até meningite, podendo levar à morte em casos mais severos.
O pediatra infectologista Renato Kfouri destaca a importância de prevenir doenças como a dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que se reproduz em água parada, tornando-se um risco em locais de enchentes. Além da dengue, o mosquito também pode transmitir febre amarela, zika e chikungunya, aumentando o perigo para a população afetada por calamidades.
Diante desse cenário, é fundamental que as autoridades sanitárias estejam preparadas para lidar com as consequências das doenças em situações de emergência, implementando planos de contenção, diagnóstico e tratamento adequados. A orientação sobre medidas preventivas também é essencial para minimizar os impactos das enfermidades em meio a tragédias naturais.
Fonte: @ Veja Abril
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